Segundo Roberto Mesquita, a AL deve permanecer atenta a esse debate, pois a CPI “precisa mudar essa realidade”. “Há uma máfia reconhecida pelo ministro da Saúde, e nossas leis são complacentes com essa situação”, pontuou. O deputado ressaltou que há exagero de ações judiciais referentes à obtenção de próteses e que o Ceará ocupa o quarto lugar no ranking dos estados com mais ações.
O parlamentar explicou que o custo de uma prótese de joelho chega ao Brasil por R$ 2.096, com frete e seguro inclusos – valor que ultrapassa os R$ 18 mil para o consumidor final. “Depois que chega ao Brasil, ao valor real da prótese é somada à comissão do vendedor, do médico e do hospital, que ultrapassam os R$ 3 mil, além dos tributos sobre isso tudo”, esclareceu.
Roberto Mesquita criticou o Governo Federal, que, segundo ele, tem uma conversa retórica de não intervir na economia, deixando que se ajuste sozinha. “Não concordo com esse pensamento. Acho que o Governo deve intervir sim, quando há suspeita de alguma anormalidade, como nesse caso. É preciso algum tipo de regulação”, defendeu.
A deputada Dra. Silvana (PMDB), em aparte, disse que é de “grande interesse da sociedade investigar essa máfia, considerando que há médicos envolvidos nesse tipo de esquema”. O deputado Leonardo Pinheiro (PSD) também ressaltou a gravidade do tema. “A população precisa saber o que se passa”, afirmou.
Já o deputado Carlos Matos (PSDB) reforçou que o mercado precisa ser controlado. “Não podemos mais permitir que máfias e esquemas sejam perpetuados no Poder Público. O mercado é cego e precisa de controle”, alertou.
PE/AT