A parlamentar destacou que o Fies foi uma conquista, incluindo um grande número de alunos nas universidades, que antes não tinham oportunidade. “Mas me inquieta essas mudanças, porque a juventude está clamando por uma solução. Porém, a Justiça de Alagoas já disse que não valem as novas regras”, assinalou.
Dra.Silvana contou que cursou toda a faculdade de Medicina em universidade pública federal, numa época em que os estudantes de ensino superior não contavam com financiamento público. “Foi árduo e difícil. Virava noites estudando, porque o acesso era extremamente elitizado. Pobre praticamente não passava”, acentuou.
A deputada defendeu que as regras do Fies sejam preservadas por pelo menos mais um ano. Segundo ela, deveria haver um prazo para a implantação da nova sistemática. “Os mais penalizados com a mudança foram os estudantes. As pessoas carregam um sonho, querem e precisam ingressar em uma universidade”, disse
A parlamentar acentuou ainda que é contra qualquer tipo de discriminação aos estudantes e disse que o acesso ao curso superior deve ocorrer sempre por mérito. “Sou radicalmente contra as cotas, porque esse sistema virou um sorteio. Muitas vezes, a pessoa se sacrifica pagando um cursinho e perde a vaga por causa das cotas”, avaliou.
Em aparte, o deputado Elmano Freitas (PT) ressaltou que concorda com o “grave problema” que os estudantes enfrentam por conta das mudanças do Fies. “O Ministério da Educação (MEC) realizou a mudança de regras, para que o estudante tenha um desempenho mínimo. Tem de cobrar, para que ele se esforce”, disse. O parlamentar considerou ainda que o problema central do ensino superior é o reajuste das universidades. “O que está acontecendo em algumas universidades cearenses são aditivos aos contratos, repassando os reajustes acima do estipulado pelo MEC, para que os estudantes paguem a diferença. E isso não podemos admitir”, disse.
O deputado Carlos Felipe (PCdoB) disse que o ensino superior vive um grande problema. “Eu também tenho essa preocupação em relação aos aumentos das universidades particulares, aumentos que chegaram a 18%”. Segundo ele, o aumento deve ser justo, mas majoraram os preços sem que fosse mostrada a planilha de custos da instituição. “A mudança das regras deve ser discutida”, observou.
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