A parlamentar também destacou o aumento de casos de diarréia em 2013, com 280.127 casos notificados - o maior número desde 2000. “Esse cenário, preocupante e alarmante, mostra claramente que o Ceará não possui uma real e concreta política de convivência com o semiárido. Estamos reproduzindo a velha indústria da seca, com soluções paliativas. E mesmo essas soluções paliativas e emergenciais são tratadas com descaso”, criticou.
Eliane Novais informou que a Fundação Nacional de Saúde possui dois laboratórios móveis disponíveis para verificar a qualidade da água, e sugeriu investimento em estações móveis de tratamento de água e perfuração de poços profundos, com o uso de técnicas de dessalinização. “Esse Governo passou quase oito anos com apenas seis ou sete máquinas perfuratrizes”, observou.
A deputada propôs que a próxima gestão estadual crie uma política de Estado para a questão da convivência com o semiárido. “É preciso que o Ceará implemente um instrumento legal que incentive políticas públicas estaduais e municipais, para atingirmos a universalização do acesso à água e para promovermos o monitoramento climático, a educação para a convivência com o semiárido, a estruturação fundiária e também a assistência técnica e extensão rural aos agricultores familiares”, acrescentou.
Eliane Novais cobrou ainda investimentos na conscientização da população, com campanhas educativas que alertem para a necessidade de economia no uso de água em períodos de estiagem.
GS/AT