Heitor Férrer também comentou sobre a falta de manutenção de equipamentos. Conforme denúncia que diz ter recebido, há dois meses o ar-condicionado da sala dos médicos plantonistas do IJF está sem funcionar, tornando impraticável o repouso dos profissionais. A falta desse descanso, na avaliação do pedetista, prejudica a qualidade do atendimento à população.
O parlamentar acentuou que há necessidade de concurso para médicos no município de Fortaleza. “Existem profissionais trabalhando sem o vínculo de emprego no IJF, por falta de pessoal qualificado nos quadros de servidores da unidade. É inadmissível que isso esteja ocorrendo. Às vezes os cargos são ocupados por indicação política, e os mais capacitados são deixados à margem”.
O parlamentar informou que hoje atendeu, por cortesia, em seu consultório, uma senhora que foi à UPA 24 horas do Jangurussu. Ela, Segundo o parlamentar, foi bem atendida e foram pedidos vários exames. Entre estes, alguns foram marcados para dezembro, prazo considerado excessivo. “Outros, como um pedido de endoscopia digestiva e um hemograma, não tiveram sequer marcada a data da realização”, avisou.
Heitor disse que as UPAs prestam um grande serviço à população, mas o tratamento subsequente fica inviabilizado por falta dos exames em tempo hábil. “Os exames que a unidade não realiza, só Deus sabe quando serão efetivados”.
O deputado também condenou a falta de leitos de UTI. Segundo ele, no IJF, 104 pessoas estão na fila para uma vaga na UTI. “O Poder Público não dá a mão na hora da morte. A sensação de perda por falta de assistência deixa uma dor eterna”, frisou.
Heitor Férrer disse que está ainda por receber a resposta de um pedido que fez ao HGF sobre quantos pacientes estão na fila de cirurgias, para conhecer as demandas reprimidas. Ele quer fazer um comparativo dos dados do início do Governo e verificar se houve uma melhoria no atendimento.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) disse que há descontentamento da população com determinadas políticas públicas, como segurança e saúde. “Este é o Governo que mais investiu em segurança e saúde, mas se morre mais aqui no que na guerra do Iraque. E todos os recursos gastos na saúde não evitaram uma pessoa ser atendida no chão, por falta de maca”, avaliou.
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