De acordo com o parlamentar, o Congresso Nacional conta com 170 proprietários rurais e 148 deputados que são milionários, o que prejudica o debate naquela casa. “Analisando esses números foi proposto outro caminho, que seria uma consulta à população, que a meu ver seria necessária, seja por meio de um referendo ou plebiscito. O referendo é um mecanismo que não vai satisfazer as mudanças que o nosso modelo político busca. Já o plebiscito você tem um caminho inverso, faz um debate com a população sobre a reforma”, destacou.
Entre os pontos citados pelo deputado para serem contemplados na reforma está o financiamento de campanha; o voto proporcional ou distrital e o fortalecimento dos partidos. “Poderíamos perguntar à população se deve ser convocada Assembleia Constituinte para debater a reforma política do País”, sugeriu. “Seria interessante porque iríamos eleger pessoas que não estão contaminadas e teríamos uma oportunidade de realizar uma reforma política da forma mais democrática possível”, defendeu Lula Morais.
Em aparte, o deputado Ely Aguiar (PSDC) afirmou que já existe uma participação efetiva da população por meio do seu representante na Assembleia e no Congresso. “Se os representantes não correspondem aos anseios da população, eles devem ser colocados para fora”, ressaltou. “Nós vivemos a forma mais democrática de se escolher os representantes. O coeficiente foi criado para fortalecer os partidos. Aqui nós temos uma Casa eclética, com diversas profissões. O que me incomoda é a fragilidade da nossa lei”, disse.
Já o deputado Carlomano Marques (PMDB) ressaltou que é preciso aprofundar algumas discussões antes de jogar a responsabilidade para a população. “É preciso ter muito cuidado com a questão do plebiscito. Não que eu seja contra, mas a consulta popular tem que ter alguns parâmetros, principalmente se a mídia influenciar”, pontuou.
DF/CG