Para o parlamentar, esse seria mais um descaso com a qualidade de vida dos cidadãos. “Não é possível que, nos dias de hoje, estejamos discutindo a falta de maca, um problema tão simples de se resolver”, disse. Segundo ele, seriam necessários “apenas” R$ 150 mil para a compra de 100 macas, que atenderiam as demandas existentes.
Mesquita lembrou que o Governo do Estado tem investido muitos recursos na construção de equipamentos de saúde, como os hospitais regionais de Sobral e Juazeiro do Norte, UPAs e policlínicas. “Mas não fez os concursos necessários para contratar os servidores. Com isso, temos belas obras que não funcionam por falta de pessoal”, criticou.
De acordo com o deputado, Fortaleza é a quinta cidade do País, “mas nem a maca temos para atender a população”. Enquanto isso, conforme afirmou, os pacientes estão em macas nos corredores por falta de leitos. “São problemas que existem há 50 anos. As pessoas não são atendidas porque as ambulâncias não podem circular por falta de macas”, disse.
Roberto Mesquita criticou também os investimentos públicos realizados na atual administração. “O Governo faz ostentações de dinheiro, realiza grandes obras, e não compra 100 macas? Quase a metade da população disse não a esse modelo de governar, que quer mostrar que é próspero e rico, mas não atende as pessoas em suas necessidades básicas”.
O deputado Heitor Férrer (PDT), em aparte, disse que toda cidade quer ser rica, porque as soluções seriam mais fáceis. “Porém, Fortaleza é a mais rica do Ceará, tem o melhor PIB, construções faraônicas, mas é a que tem mais problemas. Deixa muito a desejar nas áreas de saúde, educação e segurança. A demanda aumenta de tal forma que não temos a qualidade de vida de algumas cidades bem mais pobres”, disse.
A deputada Fernanda Pessoa (PR) afirmou que a falta de maca é um problema recorrente. Ela contou que fez visita ao IJF e verificou pessoas nos corredores. “As pessoas vêm do Interior porque os hospitais regionais não estão atendendo, por falta de médicos e exames”, avaliou.
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