“Um preconceito já há bastante tempo abandonado foi novamente explícito: o preconceito com o Nordeste. Afirmaram que o nosso voto é desqualificado por conta dos programas sociais. O Bolsa Família não atende só o Norte e Nordeste; ele atende o Brasil todo”, lembrou o petista.
Para Dedé, o Nordeste conseguiu, com a decisão política tomada pelo ex-presidente Lula e que teve continuidade com a presidente Dilma Rousseff, superar as grandes mazelas enfrentadas pela região nas últimas décadas por conta da falta de investimento. “Temos questões culturais envolvidas, mas avançamos muito e mantivemos a nossa identidade cultural. O resultado eleitoral é a renovação da esperança”, declarou.
O deputado também defendeu urgência na realização da reforma política e disse que é necessário que a população brasileira inicie o ano de 2015 com esse debate. Nesse sentido, o parlamentar informou que, para fortalecer o movimento em prol da reforma, está formando um comitê na Assembleia Legislativa do Ceará, que contará com a participação das entidades que defendem sua urgência.
“Essa discussão é fundamental para a democracia. O Congresso pode ter certeza que os partidos irão se unir aos movimentos sociais e cobrar essa reforma. Sabemos que vamos encontrar resistência, mas não vamos abrir mão de construir uma mobilização intensa em nível nacional para esse debate”, enfatizou Dedé.
Em aparte, o deputado Augustinho Moreira (PV) reclamou do adiamento da reforma política e disse que o plebiscito é balela. “O povo já sabe o que quer, mas os políticos ficam brincando com essa vontade. Ano passado falaram que ia ter, mas os caciques de Brasília ficam jogando pra depois. Essas últimas eleições mostraram que essa reforma é urgente para que o povo volte a acreditar nos políticos”, afirmou.
LA/CG