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A disputa pelo troféu da segurança pública - QR Code Friendly
Quarta, 15 Outubro 2014 05:57

A disputa pelo troféu da segurança pública

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  A importância do debate sobre a segurança pública nas eleições de 2014 é nítida. Em vários dos programas eleitorais, muitos candidatos ao Governo do Estado e ao legislativo lançaram promessas de combate à ‘criminalidade’, a exemplo de um enfrentamento constante contra as drogas. Esta discussão foi fomentada pelos altos índices de assaltos e homicídios; ao levar em consideração que depois de quase oito anos de mandato,o Governo do Ceará não conseguiu apresentar respostas efetivas tanto para a diminuição destes números, como também para redução da sensação de insegurança da população. Estratégias para a conquista da adesão dos votos foram engendradas por todos os lados da disputa. Os candidatos que estão no segundo turno, por exemplo, prometeram reformular as ações do atual modelo de gestão. Camilo Santana propôs rever as “coisas que não deram certo no atual governo, e revitalizar o programa Ronda do Quarteirão”. Já Eunício Oliveira afirmou que vai “cuidar pessoalmente da problemática da segurança, reunindo-se com os secretários para debater o tema mensalmente”. Contudo, foi no legislativo que a segurança pública se caracterizou como o principal discurso de representação política. Foram eleitos vários deputados que abordavam a referida temática como mote em suas campanhas;entre estes se destacaram policiais, apresentadores de televisão, ou até mesmo pastores. Na disputa pela conquista do troféu da representação,dois operadores da segurança conseguiram recordes de votos. Capitão Wagner, por alavancar o debate sobre a redução da criminalidade e por ser anunciado como representante da categoria dos profissionais de segurança. E Moroni Torgan, por lançar propostas sobre a redução da maioridade penal e pelo combate as drogas. Não obstante, a eleição do cabo Sabino como deputado federal se deu a partir de sua legitimidade entre os policiais militares enquanto presidente da Associação dos Cabos e Soldados. Ao analisar especificamente os casos do capitão Wagner e do cabo Sabino, é possível perceber que os principais cabos eleitorais desta “dobradinha” foram os policiais cearenses e seus familiares. A campanha se deu a partir da construção de um sentimento coletivo, expandido para além dos quartéis após a greve geral da Polícia Militar no ano de 2011. Aqui, questões de liderança, representação e lealdade estão envoltas para se compreender o fenômeno complexo da eleição destes dois candidatos; que pautaram as suas atuações políticas por meio do discurso de agentes que vivenciaram as problemáticas da segurança pública em seu cotidiano. E a partir de suas votações expressivas, resta-nos perguntar: qual será a influência da Polícia Militar no resultado do segundo turno para o Governo do Estado? Antes disso existe outra questão a se indagar: lugar de polícia é na política? Em outro momento tal debate já foi realizado;mas agora, em 2014, quem vai ter a mesma coragem de problematizar tais questões? Fica a discussão. Antônio Sabino Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. Sociólogo - Pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência – UFC
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