Durante seu pronunciamento, a parlamentar leu um trecho da matéria divulgada pelo jornal Diário do Nordeste sobre o corte no fornecimento de água anunciado pela Cagece para este sábado (17/05) em Fortaleza, em virtude da instalação de um novo macromedidor no canal de água bruta da Estação de Tratamento e Água do Gavião (ETA).
“A reportagem cita exemplos de moradores do Conjunto Palmeiras e em Araturi, na cidade de Caucaia com problema de abastecimento de água. Porém, todos nós sabemos que existem muitos outros bairros. Já vimos reportagem do próprio Diário do Nordeste relatar a deficiência do abastecimento de água em 37 bairros (onde moram mais de 400 mil pessoas), prejudicando, inclusive, o funcionamento de Hospitais e escolas”, ressaltou Eliane.
“Os moradores que convivem com esse problema crônico têm cobrado uma solução há bastante tempo. Infelizmente, vemos que a deficiência do abastecimento de água ainda é recorrente. Um problema que piorou muito ao longo deste Governo, justamente porque a política de saneamento não acompanhou o crescimento da cidade”, salientou a deputada, afirmando que o Governo do Estado não tratou com prioridade um problema que já se anunciava há bastante tempo.
Eliane disse reconhecer os investimentos e obras que estão sendo feitas, mas apontou falta de celeridade e suficiência para resolver o problema de forma definitiva. “Disseram que com o funcionamento mesmo que parcial da ETA Oeste, os bairros daquela região não sofreriam mais com a falta d’água. No entanto, vemos, pela reportagem do Diário do Nordeste, que isso não é verdade. A obra da adutora de Messejana foi concluída e os bairros e comunidades daquela área já estão recebendo água durante o dia. Porém, desde o término da obra acontecem, com alguma freqüência, vazamentos na região. A pressão da água que vem da tubulação nova, quando se encontra com a tubulação velha, provoca rompimentos na rede”, explicou.
Para a deputada, faltam investimentos para substituir a tubulação obsoleta, sendo necessário que a Cagece faça um levantamento estatístico das áreas com maior possibilidade de vazamento para agir preventivamente.
“A Cagece tem como fazer esse estudo e evitar o rompimento das tubulações. E é necessário agilizar o atendimento dos serviços de manutenção. Um dos problemas que podem explicar a demora no atendimento está justamente no fato da existência de carros alugados pela Cagece para prestar os serviços de operação, ficarem parados nos pátios das unidades de trabalho por já terem atingido a cota máxima de combustível”, informou.
“O que existe de fato é um desrespeito com a população e uma clara falta de planejamento que viola diariamente um direito básico e elementar da população, o acesso à água”, declarou Eliane.
LA/CG