O parlamentar ressaltou que o Mais Médicos veio para ajudar as comunidades carentes do Ceará, mas os médicos vindos de fora não fizeram o exame de qualificação Revalida, exigido pelo sindicato da categoria. O deputado disse discordar também que os médicos vindos de Cuba repassem mais da metade do salário que ganham para o Governo de Cuba.
Ely Aguiar frisou que todos os deputados da Assembleia são a favor do programa do Governo Federal, mas podem questionar e criticar o que não acham correto. “O Programa é bom, mas não impôs o Revalida, e isso é errado e também está utilizando mão de obra escrava, o que é um absurdo, já que o Brasil é modelo na abolição da escravatura”, disse.
Segundo o deputado, as críticas feitas no Plenário da Casa devem ser construtivas e não “desvirtuar” o pronunciamento de outros parlamentares. “Tenho coragem de dizer que a insegurança cresceu, mas sei que o Governo está investindo na segurança. Também tenho coragem para debater os programas de Governo. Críticas feitas por algumas pessoas aqui na Assembleia são críticas de quem não tem o que debater ou não tem coragem de fazer a discussão por rabo preso”, apontou.
Em aparte, o deputado Welington Landim (Pros) afirmou ser a favor do programa Mais Médicos, mas também não concorda com a falta do exame Revalida. O parlamentar também criticou a falta de estrutura e aparelhagem para os médicos que vieram de fora. “O Brasil está dando um péssimo exemplo, mas o programa é bom e com correções vai ser um sucesso”, disse.
Já o deputado Fernando Hugo (SDD) destacou que o programa é eleitoreiro e vem para querer enganar a população com a ilusão de mais médicos no Estado. “Eu critico o programa, porque o Governo Federal está rasgando os direitos trabalhistas, mas ontem disseram, aqui na Casa, que os médicos do Mais Médicos vieram porque os médicos do Brasil não atendem bem. Isso é um absurdo e é bruto, coisa de quem não tem com o que argumentar. Me senti ofendido como médico e pedi para retirar essa fala dos anais da Assembleia”,afirmou.
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