A deputada também disse que pretende requerer a realização de uma audiência pública para debater a questão. O objetivo, segundo ela, é “ouvir todos os envolvidos na busca de uma solução, para que as pessoas não sejam prejudicadas por essa atividade comercial, que vem sendo feita sem o mínimo respeito ao meio ambiente e às comunidades que vivem nas proximidades do rio”.

Bethrose informou que esteve no distrito de Cágado, em São Gonçalo do Amarante, no último fim de semana. “Ouvimos diversas reclamações de pessoas que moram nestas localidades e tiveram as suas vidas transformadas em um verdadeiro inferno, por conta da extração de areia no leito do Rio”, apontou. Os moradores reclamam, segundo a parlamentar, do fluxo intenso de caminhões, provocando o risco de acidentes e a emissão de barulho constante.

De acordo com a parlamentar, o problema na localidade é antigo e, atualmente, uma das maiores preocupações daquela comunidade, “tendo em vista o processo de assoreamento rio e a constante modificação no curso do rio, representando um grande prejuízo para o meio ambiente”, disse.

Segundo a deputada, após a proibição de retirada de areia naquele trecho do rio os caminhões que fazem o serviço migraram para novo trecho do Curu, onde vivem comunidades como Ipiranga e Vereda Funda, distritos de São Gonçalo do Amarante.

“Na tentativa de chamar atenção das autoridades e da imprensa a população local realizou, no fim de agosto, um protesto fechando a BR-222, que corta o município. Aquela foi uma tentativa desesperada de mostrar para o resto do Estado esse verdadeiro crime que vem sendo cometido às margens do rio Curu”, salientou.

Em aparte, o deputado Augustinho Moreira (PV), presidente da Comissão de Meio Ambiente da AL, destacou que uma audiência pública já foi realizada em São Luís do Curu. “O maior problema lá é a falta de manejo. Também não se pode evitar retirar areia. O problema é que a ganância dos empresários é muito grande e eles não fazem o devido manejo”, considerou.
RW/AT