O parlamentar destacou que, durante o protesto, um médico cubano foi vaiado e agredido verbalmente pelos brasileiros. “Não aceito essa articulação e sei que a sociedade brasileira não admite isso. É uma atitude lamentável contra profissionais que vieram desempenhar um papel importante”, disse.
O deputado ressaltou que 700 municípios brasileiros não têm médicos e nem estrutura para a saúde. “Primeiro chamaram brasileiros para irem atender nesses locais e, por último, chamaram os médicos cubanos. Eles estão vindo em uma missão importante, que merece ser respeitada”, frisou.
Ainda durante pronunciamento, Dedé Teixeira salientou a manifestação do último sábado (24/08) no município de Aracati, que reivindicou mais celeridade nas obras da ponte Juscelino Kubitschek. “Os manifestantes fecharam a BR 304 para que essa obra, que se arrasta há 11 anos, seja concluída”, disse.
Em aparte, a deputada Mirian Sobreira (PSB) destacou que não concorda com os insultos ditos aos médicos estrangeiros durante a manifestação, mas questionou a não aplicação do exame Revalida para os médicos estrangeiros. “Não existe preconceito por parte dos brasileiros. Queremos apenas que eles façam o Revalida, já que o curso de Medicina em Cuba tem 50% a menos de carga horária do que o curso brasileiro”, apontou.
O deputado João Jaime (PSDB) ressaltou que os médicos estrangeiros são bem-vindos, desde que façam o Revalida. “A situação é grave e precisa de profissionais, mas eles vêm sem fazer o Revalida e ainda por cima o Governo vai pagar R$ 10 mil reais aos cubanos e eles vão receber apenas dois mil reais? Isso é que é um absurdo. O Brasil tem leis e nada disso está de acordo com as nossas leis. Isso é escravidão branca”, criticou.
O deputado Carlomano Marques (PMDB) apontou que médicos só atuam no Brasil se estiverem de acordo com a legislação brasileira. “Uma das leis é o Revalida. Se não querem fazer o Revalida, por que não pedem para eles irem ao hospital ver se conseguem diagnosticar problemas simples? O absurdo é querer que, em três semanas, esses profissionais aprendam português, medicina e atendimento do SUS. É uma piada”, criticou.
A deputada Dra. Silvana (PMDB) classificou o programa Mais Médicos de eleitoreiro. “O que o povo precisa é de saúde de qualidade, de hospitais, postos de saúde e materiais. Esses médicos vão chegar ao Interior sem poder fazer nada, porque não tem estrutura, e sem nem falar o português. Vão fazer o que no Interior, sem nada?”, questionou.
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