Segundo o parlamentar, o Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos hansenianos notificados no mapa epidemiológico. “É uma doença antiga. Para nós, é uma triste realidade que ainda tenha muitas pessoas notificadas com essa patologia de tão simples cura”, frisou.
O deputado ressaltou que existem campanhas para detectar a doença, mas não são eficientes o suficiente. “A hanseníase é doença de país subdesenvolvido, onde impera a desnutrição, a falta de moradias dignas e a falta de esclarecimentos. São necessárias mais políticas públicas para atender essas pessoas excluídas do sistema de saúde e que sofrem grande preconceito”, salientou.
Vasques Landim destacou a importância do diagnóstico precoce da doença. “Existe maior chance de cura sem sequelas com o diagnóstico precoce. É preciso mais campanha, informação e agentes de saúde, que busquem ativamente as pessoas infectadas nas comunidades”, disse.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PSDB) parabenizou o pronunciamento e anunciou que o Conselho Federal de Medicina vai entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal contra os vetos do programa Mais Médicos da presidente Dilma Rousseff. “Esse programa é mentiroso, enganador e eleitoreiro e não leva a nada. A presidente obrigou os congressistas a manter os vetos. É por isso que doenças antigas ainda assolam o Brasil”, afirmou.
A deputada Dra. Silvana (PMDB) destacou a necessidade de centros especializados em dermatologia nas cidades do interior do Estado. “Mais estrutura nos municípios cearenses, principalmente do Interior, fariam diferença na hora do tratamento e diagnóstico hábil de doenças como a hanseníase. Defendo ainda que todo o diagnóstico e os medicamentos receitados sejam feitos por médicos, sem desmerecer os outros profissionais da área da saúde”, assinalou.
A deputada Fernanda Pessoa (PR) também parabenizou o pronunciamento do deputado e ressaltou que o Hospital de Maracanaú é uma referência no Estado e dispõe de bons tratamentos.
O deputado Heitor Férrer (PDT) observou que cada doente de hanseníase representa uma saúde esquecida. “Essa doença está ligada à fome, pobreza e é um retrato que ninguém pode maquiar”, disse.
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