Segundo o parlamentar, é comum que os médicos brasileiros também sejam avaliados em outros países para que possam fazer atendimentos. “O que não concordamos é que os estrangeiros venham sem revalidar os diplomas”, explicou o deputado.
Welington Landim destacou que a saúde não se faz só com médicos e que o valor pago para os profissionais do Programa de Saúde da Família no Interior é muito baixo. Ele cobrou melhores condições de trabalho, equipamentos, exames laboratoriais e condições estruturais, para que os médicos façam seu trabalho com maior qualidade.
O deputado comparou o investimento brasieiros na saúde com o de outros países. Segundo ele, enquanto no Brasil se gasta em torno de 8% do Produto Interno Bruto, a Argentina gasta 20,4% do PIB e a Colômbia investe 18% do PIB. Ele destacou ainda os baixos valores pagos pelo Sistema Único de Saúde nos procedimentos como R$ 12 por uma consulta e R$ 110 por uma cesárea, observando que estes e outros valores não são reajustados há 15 anos.
O parlamentar criticou o que ele chamou de concentração de verbas do Governo Federal, em detrimento dos municípios, e o fim da CPMF, que garantia R$ 45 bilhões para a saúde, embora tenha reconhecido que houve alguns “desvios de finalidade” desses recursos.
Em aparte, o deputado José Sarto (PSB) falou sobre sua experiência como médico e disse hoje os médicos recebem do SUS o mesmo valor que era pago há 15 anos. Segundo ele, nos últimos anos a população aumentou, enquanto o número de leitos diminuiu. Ele criticou ainda a falta estrutura que os profissionais de saúde encontram e afirmou que não se pode “jogar nas costas da classe médica toda a frustração com a saúde no Brasil”.
O deputado Lula Morais (PCdoB) aparteou para informar que o presidente da Assembleia Legislativa em exercício, Tin Gomes (PHS),recebeu uma comissão de médicos que vieram à Assembléia pedir apoio sobre o tema e destacou que haverá uma mobilização em frente ao Palácio da Abolição às 15h.
A deputada Eliane Novais (PSB) encerrou os apartes reforçando o pedido para que os médicos estrangeiros passem por uma prova para revalidação dos diplomas, antes de atenderem a população.
JM/CG