“A população quer uma solução imediata para melhorar a vida das pessoas. Porque a reforma política vai atender apenas a classe política”, argumentou. Para ele, a mudança nas regras só vai beneficiar os políticos mais votados. “Observo que, mais uma vez, mesmo com toda essa manifestação popular, o povo será passado para trás e não vão resolver nada”.
Em relação ao transporte público, o deputado criticou o valor das passagens e as condições precárias dos coletivos, sem qualquer conforto para os usuários.
Na área da saúde, a queixa do parlamentar foi com a superlotação dos hospitais e a vinda de médicos cubanos. “O governo quer trazer os médicos de fora, mas deveria priorizar os daqui”, disse. Ele salientou que o problema não é trazer os profissionais, mas aplicar bem o dinheiro público.
O parlamentar também destacou a importância da reforma política, e pontuou a questão da licença de parlamentares para ocupar cargos administrativos. Para ele, deputados, uma vez eleitos, não deveriam se licenciar para assumir cargos administrativos, como as secretarias, por exemplo. “Quem foi eleito deputado tem que ser deputado os quatro anos. Tem deputado que nunca pisou nesta Casa”, criticou. Ely também condenou a malversação do dinheiro público e cobrou a aplicação da Lei da Ficha Limpa. “A moralização dos políticos poderia começar pela ficha limpa”, acentuou.
O líder do Governo, deputado José Sarto (PSB), discordou em relação ao impedimento dos deputados em ocupar cargos públicos. “Os deputados estão licenciados desta Casa. Se foram escolhidos para exercer cargo público é porque tem competência para isso”, defendeu.
Na mesma linha, o deputado Danniel Oliveira (PMDB) entende que não há problemas no fato de os parlamentares ocuparem estes cargos e disse que os secretários citados trabalham em prol do Estado. O parlamentar considera necessária a reforma política.
LS/AT