Segundo o parlamentar, a empresa Transnordestina Logística, que é responsável pelo transporte ferroviário de cargas entre a capital e o Crato, anunciou que irá encerrar suas atividades no final de julho. Ely Aguiar destacou que o sul do estado recebe, por trem, carregamento de combustíveis e escoa a produção da região.
Como consequência da desativação, o deputado destacou a necessidade de utilização do transporte rodoviário, o que irá aumentar os custos e os riscos, especialmente com o transporte de combustíveis. O parlamentar informou ainda que um vagão de trem pode carregar o equivalente ao volume de três carretas, com um custo muito menor.
O deputado comparou o transporte ferroviário do Brasil ao de outros países. Segundo ele, nos Estados Unidos, 60% do transporte é via estradas de ferro, na China são 70%, enquanto no Brasil apenas 15% do transporte é feito por ferrovias.
Ely Aguiar também destacou a importância histórica da ferrovia, que começou a ser construída pelos ingleses em 1872, chegou até o Iguatu em 1910 e, em 1926, foi inaugurada a estação na cidade do Crato.
Em aparte, o deputado Vasques Landim (PR) disse que o fim das atividades da empresa Transnordestina Logística representa um retrocesso, principalmente em relação ao escoamento da produção. Welington Landim (PSB) também destacou o papel da ferrovia no transporte da produção e informou que está em construção uma ferrovia que liga o Piauí ao porto de Suape, em Pernambuco, quanto o Ceará enfraquece seu transporte ferroviário.
A deputada Mirian Sobreira (PSB) relatou que esteve em uma palestra com um grupo de defesa das ferrovias e que a Transnordestina, prometida pelo governo federal, é um sonho que ninguém sabe se será realizado.
A deputada Fernanda Pessoa (PR) aparteou para informar que irá pedir uma audiência pública sobre o tema.
JM/ CG