Hermínio admitiu que as medidas adotadas pela Ematerce não solucionaram o problema de escassez de água no semiárido cearense. Mas ponderou que, sem elas, a situação seria pior. “Mesmo com as dificuldades da estiagem, o governador não ficou omisso no que diz respeito a dar assistência aos nossos irmãos do campo e melhorar a renda e qualidade de vida das famílias rurais”, considerou.
Segundo o parlamentar, as metas estipuladas pela empresa para este ano “estão sendo, dentro do possível, cumpridas”. Os esforços são voltados principalmente para localidades onde, por exemplo, foi constatada a perda de pelo menos 85% da safra de grãos.
Ele citou algumas das ações previstas: atender 83 mil agricultores familiares na produção e comercialização de alimentos agroecológicos; atender 53 mil agricultores familiares nas microbacias; atender 19 mil agricultores familiares no aproveitamento da infraestrutura hídrica para a produção irrigada; assistir 8,5 mil agricultores familiares na implantação e revitalização de agroindústrias rurais; capacitar 25 mil agricultores familiares para produção e gestão de projetos associativos; assistir 13 mil agricultores familiares na implantação de 20 mil hectares de culturas industriais, dentre outras.
Resende anunciou a presença do titular da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Agrário (SDA), Nelson Martins, na próxima terça-feira (18/12), para detalhar o plano de ação da pasta, a qual a Ematerce é subordinada. “Não podemos deixar de parabenizar a todos que fazem a Ematerce e têm se deslocado diariamente para o Interior. Sabemos da importância dos agentes rurais e que eles são poucos. Mas o empenho do Governo não é pequeno”, ponderou.
Em aparte, o deputado Ferreira Aragão (PDT) afirmou que basta boa vontade para resolver o problema da seca no Ceará. “O pensamento que tenho é o de que ninguém nunca quis acabar com a estiagem, porque ela é uma excelente fonte de renda”, acrescentou. Segundo o deputado, virão do Governo Federal R$ 841 milhões para assistencialismo por causa da falta d'água. “Por que não pegam esse dinheiro e constroem barragens? Seriam construídas 15 e se resolveria o problema por uns quatro anos. Estamos criando uma cultura da preguiça no Brasil. Muita gente não quer trabalhar, porque vai receber dinheiro do Governo com esse assistencialismo e clientelismo”, criticou.
BC/AT