FIM DE FESTAA propósito, a coluna mencionou ontem que a ação das empresas contra a Prefeitura é sintomática de um ciclo político prestes a se exaurir. E a história mostra isso: no fim da gestão Juraci Magalhães, o Sindiônibus também obteve liminar para reajustar a tarifa. À época, como agora, o conflito foi levado à Justiça apenas quando o esgotamento do governo de plantão se evidenciou. Naquela oportunidade, faltavam três dias para a eleição e estava claro que o candidato do então prefeito, Aloisio Carvalho (PMDB), estava fora do segundo turno. Mas havia uma diferença crucial: a liminar foi obtida três dias depois de Juraci reduzir o preço da tarifa, de R$ 1,50 para R$ 1,40, uma semana antes da eleição. E a Justiça determinou a volta ao preço anterior. A jogada eleitoreira ficou ainda mais evidente dois meses depois, quando a Prefeitura autorizou o aumento para R$ 1,60. Mas, da mesma forma como ocorre agora em relação a Roberto Claudio, aquele aumento acabou sendo extremamente conveniente para Luizianne. Ao assumir com o preço recém-reajustado, ela teve facilidade um pouco maior para – lançando mão de renúncia tributária – passar todo o primeiro mandato sem um aumento sequer.