Segundo ele, em primeiro lugar está a Finlândia, seguida da Coreia do Sul e de Hong Kong. “Entre as seis nações com os piores sistemas de educação do mundo, o Brasil só está acima da Indonésia, a última colocada”, ressaltou. Também entre as piores colocações estão mais três países da América Latina: Argentina, Colômbia e México, que fecham o grupo, além da Indonésia, Turquia e Tailândia.
Conforme o deputado, para esse levantamento, a consultoria levou em conta os testes efetuados por alunos desses países, no período de 2006 a 2010. A quantidade de alunos que ingressam na universidade também foi considerada. No topo das potências em educação, só a primeira colocada, Finlândia, está fora da Ásia. Depois dela, seguem-se Coreia do Sul, Hong Kong, Japão e Cingapura.
O parlamentar disse que apesar de sistemas diferenciados, nações mais bem colocadas têm algo em comum. Nos países asiáticos, a educação é quase uma obsessão nacional, com uma jornada de estudos puxada. Já na Finlândia, não há tanta pressão sobre os alunos, afirma ele. No entanto, há em comum uma cultura da educação, valorização do professor, com salários mais altos, e participação da família com acompanhamento e cobrança de resultado. “Exigem tanto dos filhos quanto das escolas e dos professores”, destacou.
De acordo com ele, o consultor-chefe da Pearson, Michael Barber, explica que algumas nações e especialistas em educação são refratários à elaboração desse tipo de ranking, alegando que os aspectos mais negativos seriam realçados pela mídia. O consultor defende, no entanto, que isso gera debates e melhorias.
“O estudo conclui que investimentos são importantes, e é por isso que lutamos para aplicação de 10% do PIB em investimentos na educação. Mas o que conta mesmo é manter uma verdadeira cultura nacional de aprendizado, que valoriza professores, escolas e a educação como um todo. Esse é o segredo das nações com melhor desempenho educacional”, avaliou.
Teodoro disse que, embora o Brasil apareça num cenário internacional desfavorável, há avanços no país, principalmente quanto à participação na cobrança por melhoria na qualidade da educação. “O povo, que antes se preocupava com a existência de escolas, compreendeu que o mais importante é a qualidade para o aprendizado de seus filhos”, concluiu. Ele citou reportagem do Fantástico, apresentado no último domingo, sobre a atuação da Rede de Pais e Mães pela melhoria da Educação, criada em Fortaleza, para exigir o cumprimento da carga horária letiva, reivindicando professores e aulas dignas para seus filhos.
LS/CG