Dedé disse que o assunto foi discutido no III Encontro de Mineração do Ceará, ocorrido hoje na Federação das Indústrias (Fiec), que debateu temas referentes à produção de minério. “Criar um instituto, por exemplo, pode ser importante elemento para agregar pesquisas e estudos a uma área na qual temos grande potencial e, no entanto, estamos muito acomodados”.
O parlamentar petista disse que são positivas as perspectivas do Ceará no cenário econômico do ramo, pois o Estado tem grande produção de urânio e derivados – fosfato em especial, matéria-prima dos fertilizantes utilizados na agroindústria brasileira. “O setor mineral é fundamental para o Ceará. Falo do petróleo, água, minério de ferro, granito, calcário, fosfatos, urânio e tantos outros produtos que temos em abundância e, se tivermos ousadia, serão importantes instrumentos de desenvolvimento”, frisou.
Ele destacou a participação de 3,9% do setor no Produto Interno Bruto (PIB) nacional e informou que as exportações representam R$ 70 bilhões (27,4% das transações dessa natureza). Conforme Dedé Teixeira, a mineração deve receber cerca de US$ 350 bilhões até 2030. “O Governo Estadual precisa enxergar muito mais para que a gente possa criar um instrumento institucional, pela importância que tem o setor mineral”, reforçou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) denunciou a existência de casos em que agricultores trabalham décadas em terras e grandes empresas, ao saberem da possibilidade de lucro a partir da mineração, registram-nas como suas. “Elas têm informações privilegiadas e passam a explorar o agricultor, que enfrentou todo tipo de intempérie enquanto tirou dali sua sobrevivência”, afirmou. Ele defendeu ainda mais recursos para o setor de produção de energia eólica e solar. “A Assembleia poderia criar um pacto pela mineração”, sugeriu.
BC/AT