O parlamentar afirmou que a situação tende a se agravar, caso não sejam tomadas as devidas providências. Ele afirmou que o problema ocorre no município de Canindé. “São pessoas que deixaram a agricultura para virar catadores de lixo nas grandes cidades. É preocupante ver que, em pleno século XXI, ainda se têm carros-pipa. Essa não foi a primeira e nem será a última seca”, disse, adiantando que há previsões de que também teremos inverno abaixo da média no próximo ano.
O deputado reconheceu, no entanto, o empenho do governador Cid Gomes para tentar resolver o problema de abastecimento de milho no Estado, atendendo agricultores familiares e produtores rurais. A ideia é que a chegada do milho, que será transportado para os armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), localizados no Interior, reduza os efeitos da seca, servindo para alimentar o rebanho. “Mas a burocracia tem dificultado”, lamentou.
Ele destacou a preocupação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado, Flávio Saboya, em apontar situações para convivência com a seca. “Temos que ter políticas públicas de convivência com a seca”, propôs, defendendo a necessidade de debate entre os governos federal e estadual e as federações de agricultores. Hermínio citou ainda a eficácia do projeto Pingo D'água, que considera um divisor de águas na qualidade de vida da população cearense. “Um projeto bom e que é barato, precisa ser copiado em outros municípios”, elogiou, mencionando o êxito em Crateús.
O parlamentar também chamou atenção para a necessidade da utilização de perímetros irrigados do Dnocs na produção de leite. Ele destacou a importância de investimentos na agricultura irrigada para a produção do leite. “A agricultura irrigada é a única solução para manter o homem no campo”, observou.
Em aparte, a deputada Fernanda Pessoa (PR) endossou o discurso, principalmente em relação à importância dos perímetros irrigados.
LS/AT