Um louco na aldeia
O plenário da Assembleia Legislativa voltou a ser palco de pronunciamentos indignados e rancorosos em decorrência da precipitação do jovem deputado André Fernandes (PSL), que confunde inexperiência com irresponsabilidade. Na tribuna da casa, sem meias-palavras declarou que naquele plenário “tem gente que mantém relações com o crime organizado. Não se pode deixar de reconhecer razões ao deputado Elmano Freitas (PT), primeiro autor de contundente resposta, abordando o explosivo assunto, bem como aos demais parlamentares que levantaram protestos, em sucessivos pronunciamentos, condenando o despreparo do representante do PSL. Nunca um deputado se apresentou ao crivo dos seus colegas com horizontes tão rasos, evidenciando não só falta de postura e equilíbrio, mas também de fundamentos que deveria ter recebido dos pais a título de educação doméstica para domá-lo e prepará-lo para um convívio saudável com outras pessoas. Infelizmente, esse atributo não fez parte dos ensinamentos que a mais abandonada das crianças colhe nas ruas quando não teve como berço uma casa. Todas as manifestações convergiram para um pensamento comum, ou seja, o de exigir que ele decline os nomes dos deputados comprometidos com o crime. Caso não o faça, o deputado Elmano já assegura que representará contra ele no Conselho de Ética daquele poder. A juventude de André Fernandes não deve servir de justificativa para o seu estabanado e perigoso comportamento, comparável ao de um “louco de aldeia”.
Perdeu-se na decência, na ética e na moral cívica.Pode-se dizer que a chegada do deputado André Fernandes à Casa do Povo se transformou em algo indesejável, grotesto, estúpido e condenável. Ele ameaça a dignidade do Poder Legislativo, na medida em que, a cada pronunciamento, avança mais as suas diatribes aprofundando certeiros golpes na imagem de todos os seus integrantes. Midiático nos seus gestos e falas, com toda certeza terá vida curta. Em todos os seus momentos de afirmação, ele perdeu-se na decência, na ética e na moral cívica, valores inerentes a homens de bem que se entregam a difícil missão de representar o povo.
Falta vergonha. Lideranças políticas e empresariais do Planalto da Ibiapaba começam a assumir posições firmes em relação ao lançamento de candidatos ali nascidos para a Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa. Para eles, a população da região não admite mais a falta de representantes legítimos, como ocorria nos idos de 1940 até 1990. Com 300 mil eleitores, a Serra Grande poderá eleger três federais e quatro deputados estaduais. É só os seus filhos criarem vergonha.
Farinha do mesmo saco. No cafezinho da AL-CE, ouvem-se coisas interessantes de líderes do interior. Ontem, um deles, ao se referir à polêmica dos vazamentos de conversas entre o então juiz Moro e procuradores, dizia que deputados adversários do Governo Federal “imitam a Rede Globo, que, por conta das estripulias do jogador Neymar, esquece os problemas do País.” O mesmo ocorre com deputados de municípios afogados em problemas, especulando sobre quem mente mais, se Neymar ou a ou a sua “Geny”.
Êxito educacional. O estado do Ceará, por conta do empenho dos seus governantes, é, hoje, referência no campo da otimização do ensino no 2º, 5º e 9º anos. Essa foi uma conquista da vice-governadora, Izolda Cela, principal responsável pelos avanços do ensino em Sobral, hoje modelo nacional. Para Izolda, que é competente professora, o projeto “Escola Nota Dez” pode elevar o ensino a qualidades excepcionais.