A preocupação com a crise hídrica norteou parte dos debates, ontem, no plenário da Assembleia Legislativa. O deputado Guilherme Landim (PDT) ressaltou as ações da Comissão Especial de Acompanhamento das Obras da Transposição do Rio São Francisco.
O parlamentar salientou que, na sexta-feira (14), os membros do colegiado estarão no município de Penaforte, a partir das 8 horas, para ouvir as demandas da obra no Rio São Francisco. “Sabemos que existem dificuldades e precisamos acompanhar de perto para que a sonhada transposição saia do papel”,assinalou.
Guilherme Landim enfatizou ainda que na sexta-feira, às 14 horas, os parlamentares estarão em Missão Velha acompanhando o Cinturão das Águas. “Todos os deputados devem estar presentes. Precisamos unir forças pelas obras de abastecimento de água que irão beneficiar o nosso Estado de maneira grandiosa”, disse.
Sobre o tema, os deputados Nezinho Farias (PDT) e Augusta Brito (PCdoB) ressaltaram a importância da Comissão de Especial de Acompanhamento das Obras da Transposição do Rio São Francisco.
Já o deputado Marcos Sobreira (PDT) informou que o Governo do Estado está elaborando edital, visando um investimento de R$ 1 milhão para recuperação do antigo sistema de abastecimento hídrico do município de Iguatu.
De acordo com o pedetista, a iniciativa surgiu a partir da série de estudos realizados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) no município, após a descoberta do aquífero Julião, há dois anos.
O parlamentar informou que o açude Trussu, que abastece os municípios de Iguatu e Acopiara, está com 3,31% de sua capacidade. “É menos de 3,5%, o que equivale a volume morto. Então, tornou-se comum as pessoas desses municípios terem acesso à água em uns dias e em outros não e água de baixa qualidade, inapropriada para o consumo humano”, destacou.
O abastecimento de Iguatu, conforme observou, é de responsabilidade total do Serviço Autônomo de Água e Esgoto do Município de Iguatu (Saae), órgão que, devido uma desordem administrativa, não conseguiu cavar poços e manter o abastecimento da região, “mesmo detendo um superávit financeiro de R$ 300 mil”.
O parlamentar informou que levou a questão ao Governo do Estado e à Secretaria Estadual de Recursos Hídricos que prontamente autorizaram a Cogerh a visitar o município, realizar estudos e verificar quais as melhores possibilidades para regular o abastecimento.
“Quero agradecer ao Governo do Estado, pois essa tarefa não é de sua responsabilidade legal e, mesmo assim, o governador não permaneceu inerte. É uma iniciativa que atesta que se trata de um governo de todos”, disse.
Marcos Sobreira acrescentou que, a partir do edital em elaboração, “a ideia é recuperar 12 poços utilizados há 30, 40 anos para abastecer o município, e construir uma adutora de 1,4 km, ligando os poços ao Rio Jaguaribe”.
Segundo ele, é necessária uma vazão de 750 metros cúbicos de água por hora para abastecer satisfatoriamente a população dos dois municípios e distritos da região. “Nosso mandato estará atento e cobrando para que essas ações sejam realizadas com o máximo de celeridade”, garantiu.