Servidores impactados com a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 02/2018, que adiou por dois anos o aumento do teto salarial, estiveram presentes ontem na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) e tentaram entregar proposta de novo acordo ao governador Camilo Santana (PT).
De acordo com eles, o Governo conversou só com uma categoria, o Sindicato dos Fazendários do Ceará (Sintaf), mas há outras categorias que são impactadas com a medida. "Toda essa movimentação que estamos fazendo aqui é para criar um canal de negociação", diz Tiago Monteiro, presidente da Associação dos Auditores do Controle Interno (AACI), categoria da Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado (CGE).
Ele afirma que foi formada uma comissão com representantes de todos os órgãos e categorias impactados para dialogar com o Governo. O deputado estadual Evandro Leitão (PDT), líder do Governo, porém, explica que "90% dos 10% dos servidores contemplados pela proposta são fazendários", por isso a conversa ocorreu com essa categoria.
Monteiro propõe uma diminuição do percentual do teto de 90,25% para 77% do subsídio dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), para garantir que ele já seja dado este ano. "A crise é tão grande que é necessário zerar o que o governador havia prometido, não pode ter um meio termo? O argumento do Governo é que o aumento do salário do STF ia impactar demais, e a gente está querendo descartar isso, não queremos esse aumento do STF", disse.
O Sintaf reuniu-se com representantes do Governo do Estado na semana passada e na quarta-feira, 28, antes da votação. Em nota publicada no site, a organização relatou que o governador Camilo Santana (PT) "afirmou que a categoria fazendária não terá nenhum prejuízo financeiro".
ECONOMIA
As onze matérias tratam de assuntos de impacto na economia do Estado e estão sendo discutidas em regime de urgência.