A nova configuração da Assembleia Legislativa foi apresentada ontem aos pares em um almoço de confraternização dos deputados estaduais eleitos e reeleitos. No cardápio, segundo o presidente Zezinho Albuquerque (PDT), uma conversa desinteressada e rotineira para os parlamentares se conhecerem em um momento pós-eleições.
O pedetista negou, no entanto, que o almoço seja o início de conversas para a sucessão do comando da Casa legislativa. "É só um convite que fizemos para uma confraternização para conversar sobre vários assuntos", desconversou.
Dos 46 deputados, foram 17 "novos" nomes, além de seis desistências de reeleição. Entre novos integrantes da base, como é o caso do deputado estadual eleito Fernando Santana (PT), a nova oposição também já se fez presente no primeiro encontro extraoficial dos parlamentares que darão forma ao segundo mandato do governador Camilo Santana (PT).
O tucano Nelinho Freitas, deputado de primeira viagem, disse que "nesse primeiro momento é sentar com todos da oposição para conversar" e organizar as estratégias de atuação na Assembleia.
O PSDB, que hoje possui dois deputados estaduais, continua com as duas vagas contando com a reeleição de Fernanda Pessoa (PSDB), e o insucesso nas urnas do deputado Carlos Matos (PSDB). "Estou muito motivado com vontade de trabalhar pelo meu Estado. A gente já entra com a responsabilidade. Estamos conversando, vendo a possibilidade de permanecer o mesmo bloco da oposição", adiantou Nelinho.
De acordo com a deputada Fernanda Pessoa (PSDB), o partido fará "uma oposição com responsabilidade", e quando "achar que é importante votar com o governo" vai votar a favor da gestão petista. "Mas principalmente reivindicando melhorias na área da saúde", pontuou.
Nos bastidores, no entanto, já há movimentação pela sucessão da presidência da Casa. Presidente pela terceira vez consecutiva, Zezinho Albuquerque não descartou o continuísmo. "Tenho que conversar com os partidos e com os deputados", disse.
Há um consenso que o próximo presidente seja um filiado do PDT. Já se colocam o próprio presidente, o atual vice-presidente, Tin Gomes (PDT), além de José Sarto (PDT) e Sérgio Aguiar (PDT).
O governador Camilo Santana (PT) terá, na próxima legislatura, uma oposição de oito parlamentares. Nada muito diferente do que a atual bancada da oposição, composta por integrantes do PSDB, de Tasso Jereissati, e Pros, do Capitão Wagner, agora eleito para a Câmara dos Deputados.