O deputado estadual Sérgio Aguiar disse, em entrevista ao jornal O Estado, que permanecerá filiado do ao PDT, entretanto, ainda avalia sua postura de independência ao governo Camilo Santana (PT).
A declaração refere-se ao impasse vivido entre Sérgio e a base aliada na Assembleia após votação da Mesa Diretora em dezembro passado. Com a derrota na disputa pela presidência da Assembleia, Aguiar anunciou que passaria a manter uma postura de “independência” ao seu partido e ao Governo do Estado. O parlamentar, na ocasião, justificou que adotaria a posição por não ter recebido apoio da base governista em sua postulação a presidente da Casa.
Para além de uma decisão pessoal, Sérgio Aguiar disse que tem conversado com aliados e lideranças ligadas ao seu mandato para definir sua postura em relação a administração estadual. “Visitei minhas base eleitorais. Já percorri mais de 5 mil quilômetros. Conversei com prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e lideranças da região e estou concluindo este trabalho, para trazer, em breve, uma posição definitiva”, frisou ele, acrescentando que sua postura demonstra a tentativa de enaltecer o papel da sociedade na representatividade do seu mandato.
Sérgio Aguiar admite que o Governo tem buscado uma “reaproximação”. “Não têm sido poucas as intervenções de membros do Governo, tentando fazer esta reaproximação. Mas, estamos avaliando e, nos próximos dias, irei manifestar meu posicionamento final”, disse.
Embora aliado do governador, Sérgio Aguiar acabou ganhando o apoio de parlamentares da oposição, já que Camilo Santana pedia votos para o atual presidente, Zezinho Albuquerque, que comanda a AL pelo terceiro mandato consecutivo.
Sequelas
As sequelas desse tumultuado processo geraram, além da postura de independência de Aguiar, o rompimento na base de Camilo. Parlamentares do PSD e PMB passaram a integrar a oposição, conforme decisão partidária. Além disso, ocorreu o rompimento político entre os grupos de Domingos Filho, presidente do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), e dos ex-governadores Cid e Ciro Gomes (ambos do PDT) no Estado. Atualmente, o grupo dos Ferreira Gomes inclui o governador Camilo Santana (PT) e o prefeito Roberto Cláudio (PDT).