Sérgio Aguiar, aos poucos, vai retomando o seu ritmo de defesa do Governo do Estado, após o insucesso da eleição para presidente da AL
( Foto: José Leomar )
O deputado estadual Sérgio Aguiar (PDT) comemorou, ontem, em discurso na Assembleia, notícias publicadas na imprensa a respeito da economia do Estado do Ceará e a brasileira. Ele iniciou a fala destacando que, na última semana, o Conselho de Política Monetária do Banco Central (COPON) reuniu-se e tomou decisão que encoraja a economia nacional, de baixar em 1% a taxa Selic com relação aos juros no Brasil, caindo de 12,25%, para 11,25% ao ano.
"Ainda é uma taxa de dois dígitos que assombra a retomada do crescimento e do desenvolvimento da economia, mas já se demonstra com esse viés que nosso País começa a se ouvir, de certa forma, daqueles que fazem parte do papel produtivo a demonstração de que o dinheiro começa a ficar mais barato, na linguagem popular".
Com isso, o pedetista apontou que os empresários, em vez de se basearem na especulação ou ficarem com medo de investir, poderão voltar a investir, promovendo desenvolvimento no País. "É verdade também que as agências de economia, analisando o risco Brasil, veem que o País tem perspectiva e de que, para este ano, saiamos do decréscimo do crescimento. Embora com taxa mínima de 0,2%, mas já há uma perspectiva de que o PIB brasileiro possa voltar a crescer".
Aguiar disse ter a satisfação de também apontar que o Ceará teve, acima do Brasil e do Nordeste, aumento de 1,4% registrado em relação a fevereiro deste ano com base em fevereiro de 2016. "Muito para nós é interessante a informação porque se demonstra que o Brasil começa verdadeiramente a tomar outra direção, começa a retomar o desenvolvimento que é tão necessário para que haja geração de emprego".
Sérgio destacou ainda que o Estado do Ceará se posta bem neste momento. "Porque temos aqui um dos maiores indutores do desenvolvimento econômico de nossa Região que é o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). Há cerca de duas semanas tivemos a oportunidade de ver a inauguração da Companhia Siderúrgica do Pecém, que será carro-chefe para a economia do Ceará, pontuando mais significativamente a participação do Estado na produção de riquezas do Brasil e fazendo com que essa seja a semente aqui no Ceará", relatou.
Produção
Roberto Mesquita (PSD), da base oposicionista, em aparte, levantou que, diante do "mar de lama" que se assiste no Brasil inteiro, é importante ver uma luz no fim do túnel, principalmente para um Estado pobre como o Ceará. "Esses 1.760 quilômetros da Transnordestina têm potencial de trazerem um fortalecimento da economia muito grande porque ligam a produção do Piauí ao Porto do Pecém e de Suape, em Pernambuco", avaliou. "Então teremos capacidade de escoamento de região produtora interligando o Ceará e Pernambuco".
Aliado a isso, ele apontou ser viável afirmar que há no Ceará a única ZPE do Brasil em funcionamento. "É uma zona de processamento de exportação onde já existe todo o espaço que permite que as empresas se instalem com benefícios de uma zona franca, como Manaus teve no passado, destinando sua produção para exportação", explicou.
Quem também usou a tribuna para se posicionar sobre a situação econômica do Estado do Ceará foi o deputado Carlos Matos (PSDB). Ele apontou que falta ao governo visão de futuro e que o modelo de desenvolvimento precisa ser revisto. "O mundo inteiro investe no modelo que é mais intensivo em conhecimento. Isso não tem acontecido no Ceará. Temos investido em obras, infraestrutura, projetos tradicionais antigos", criticou o parlamentar tucano. "Acabou de ser inaugurada uma siderúrgica, projeto maravilhoso, mas para os anos de 1970. Mas é melhor ser instalada aqui do que no Maranhão, Piauí ou na Bahia", disse.