Reunião da Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Ceará de monitoramento das obras de transposição do Rio São Francisco, ontem, traçou linhas inicias para elaboração da agenda de trabalho para enfrentamento da crise hídrica no Estado. Presidida pelo deputado estadual Carlos Matos (PSDB), que também está à frente da comissão, representantes de diversas entidades e instituições definiram pontos a serem trabalhados e incorporados em relatório preliminar para o Governo do Estado.
De acordo com Carlos Matos, o relatório preliminar deve ser dividido em quatro componentes: “obras estruturantes emergenciais e atitudes emergenciais” e “obras estruturantes e atitudes estruturantes”.
“Esse é o resumo das ópera, mas estamos discutindo ações concretas: novas fontes hídricas, caminhões pra dessalinizar (que custam US$ 800 mil e dessaliniza água de poços de maneira móvel); perfurar poços rasos nos aluviões do Interior; duplicar a perfuração de poços. Há um conjunto de soluções possíveis que vamos pensar”, disse o parlamentar.
Conforme explica Ramon Rodrigues, secretário-executivo de recursos hídricos do Estado, “estamos no quinto ano de seca” no Ceará, o que “requer ação muito grande do governo, federal e estadual” para manter o nível de abastecimento. “Aqui trataremos dessas questões e colocaremos que o Estado fará uma série de ações emergenciais que dão resultado”, afirma Ramon Rodrigues.
Durante a audiência, Carlos Matos relembrou a necessidade de se declarar estado de calamidade pública. O relatório da Comissão Especial deve ser elaborado até o dia 10 de fevereiro, quando será lançado e entregue ao governador Camilo Santana (PT). A próxima reunião acontecerá dia 6 de dezembro. (Daniel Duarte)