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Candidatos estão com dívidas de campanha - QR Code Friendly
Quinta, 03 Novembro 2016 04:23

Candidatos estão com dívidas de campanha

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Terminou na terça-feira passada o prazo para prestação de contas do primeiro turno dos candidatos que disputaram as eleições municipais em todo o País neste ano. Com a proibição de financiamento por pessoa jurídica, a disputa em Fortaleza, que contou com a participação de oito postulantes, evidenciou disparidade entre as duas principais campanhas, que foram para o segundo turno, e as demais. Os dois candidatos que disputaram o segundo turno precisam prestar contas até o próximo dia 19.   Capitão Wagner (PR) e Roberto Cláudio (PDT) foram os candidatos com maior arrecadação e despesa nas eleições de 2016, como mostram os dados do primeiro turno, enquanto que Francisco Gonzaga (PSTU) e João Alfredo (PSOL) foram aqueles que menos conseguiram arrecadar. De acordo com Rodrigo Cavalcante, da Secretaria de Controle Interno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), até ontem, só haviam sido recebidas as prestações de contas de cinco dos oito candidatos.   Segundo ele, só apresentaram contas Francisco Gonzaga, Roberto Cláudio, Ronaldo Martins (PRB), Capitão Wagner e João Alfredo. Os documentos de Luizianne Lins (PT), Heitor Férrer (PSB) e Tin Gomes (PHS) ainda não foram encaminhados. No entanto, na plataforma DivulgacandContas, disponível no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), há registro de seis, com exceção de Roberto Cláudio e Capitão Wagner, visto que disputaram o segundo turno.   Rodrigo Cavalcante explica que isso ocorre porque há um registro eletrônico feito diretamente pelos postulantes no site do TSE, não necessitando, portanto, encaminhamento na forma física ao TRE. O deputado estadual Tin Gomes arrecadou quase R$ 297 mil, no entanto, o total de despesas da campanha chegou a mais de R$ 517 mil.   Doadores   Somente a direção nacional do PHS destinou R$ 100 mil para o candidato, e logo em seguida vieram doações feitas por correligionários, amigos e parentes do postulante. Tin doou para si mesmo R$ 14 mil. Já as despesas, que somam R$ 517.506,13, foram distribuídas, principalmente, em produção de programas eleitorais em rádio e televisão e contratação de empresas para material impresso, assim como confecção de roupas padronizadas.   Heitor Férrer (PSB) esperava conseguir pelo menos R$ 900 mil em doações, como em 2012, quando estava no PDT e disputou a Prefeitura. No entanto, o pessebista só obteve R$ 363,9 mil. E, conforme o DivulgacandContas, gastou todos os recursos na campanha, ainda ficando devendo a fornecedores. As despesas de Férrer contabilizaram mais de R$ 371,4 mil.   Ronaldo Martins arrecadou mais de R$ 813 mil e gastou pouco mais de R$ 775 mil. A economia do parlamentar na campanha foi de quase R$ 39 mil. Martins não seguiu para o segundo turno da disputa na Capital cearense, quando apoiou o candidato Roberto Cláudio (PDT), que se consagrou vitorioso no domingo passado.   Praticamente todos os recursos para a campanha do candidato do PRB foram oriundos do Fundo Partidário: R$ 777 mil foram repassados para a campanha de Ronaldo, o que representou 95% dos recursos direcionados a ele. O postulante desembolsou R$ 21 mil para a própria campanha. Dentre as despesas, R$ 309 mil foram investidos somente em programas de TV, e mais de R$ 211 mil com gráfica.   Ele ainda desembolsou R$ 42 mil para a campanha do candidato a vereador Gelson Ferraz (PRB), que não foi reeleito para a Câmara Municipal.   Outros R$ 27,7 mil foram doados para o candidato Ricardo Ferreira, do PRB, que também não se elegeu. No entanto, Ronaldo Martins alugou seus veículos para a própria campanha, e com isso acabou por receber R$ 21,1 mil.   Diminuição   A direção estadual do PT doou R$ 350 mil e, ao todo, Luizianne teve R$ 1.312.350,00 para a campanha, o que corresponde a um décimo do que o partido arrecadou há quatro anos. As despesas somaram R$ 1.304.085,69. Só na produção de programas de rádio, televisão ou vídeo foram gastos R$ 830 mil, além de R$ 121 mil para publicidade e material impresso.   Com uma das candidaturas mais baratas da disputa deste ano, João Alfredo (PSOL) arrecadou pouco mais de R$ 149 mil, enquanto as despesas chegaram a R$ 141,7 mil. Francisco Gonzaga (PSTU) também teve participação modesta na campanha do primeiro turno, na qual arrecadou R$ 8,8 mil e gastou somente R$ 3,1 mil, tendo a melhor economia proporcional, visto que saiu da disputa com um saldo positivo de R$ 5,7 mil.
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