Candidatos à Prefeitura de Fortaleza, durante intervalo do debate realizado pela TV O POVO ontem, são orientados por assessores
FOTO: CAMILA DE ALMEIDA
Estoque de medicamentos nos postos de saúde, educação e número de convocados no concurso da Guarda Municipal foram alguns dos temas mais discutidos no debate promovido pelo Grupo de Comunicação O POVO entre candidatos à Prefeitura de Fortaleza.
[SAIBA MAIS 1]
A saúde pública permeou todas os blocos. O convênio da Prefeitura com o Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), organização social que gere, dentre outros serviços, a compra de medicamentos na Capital, foi questionado.
Apesar de, nos debates, ser um dos menos críticos à gestão do prefeito Roberto Cláudio, o deputado estadual Heitor Férrer (PSB) atacou a forma como RC administra a saúde, sobretudo quanto à compra de medicamentos.
“Considero que o ISGH é maligno à administração. Eu tenho resultados de uma audiência pública para mostrar que os preços dos remédios (em Fortaleza) estão acima do que é defendido. Os dados mostram que esses remédios saem mais caros”,disse Heitor.
O candidato do PRB, Ronaldo Martins, considera os valores contratos com o ISGH altos. “A secretária de Saúde foi presidente do instituto.
É uma coisa realmente muito estranha”, argumentou.
Roberto Cláudio rebateu as críticas dizendo que a compra de remédios não é algo simples. Ele explica que municípios que optaram por compra unificada ainda não receberam os medicamentos.
“Se tiver medicamento demais, estraga. Se tiver de menos, falta. O desafio é ter boa logística de distribuição”, afirmou o prefeito, que conta que um novo sistema está em teste para lidar com o estoque de medicamentos.
Roberto Cláudio admite que alguns medicamentos podem ser mais caros. “A compra unificada compra uma ou duas vezes no ano.
No ISGH, a gente tem esse preço de mercado mensal. Eventualmente um medicamento ou outro pode ter um preço de mercado mais caro. Em outros, a gente conseguiu comprar muito mais barato”, respondeu.
Em números
“Não é a primeira vez que o Capitão Wagner (PR) se confunde com números. Diversos números que foram dados, talvez até sem maldade, foram produtos de imprecisão e de erro”, disse o prefeito sobre questionamento do opositor em relação ao concurso da Guarda Municipal.
O candidato do PR disse que o prefeito só convocou 876 novos guardas, não mil, como defende Roberto Cláudio. “Essa arrogância dos números fantasiosos do prefeito fica superada quando você analisa o Diário Oficial do Município. Fica muito claro que ele está mentindo. Quem tiver dúvida, basta checar para ver que quem está falando a verdade somos nós”, rebateu Wagner..
A ex-prefeita Luizianne Lins (PT) questionou o ranking citado por Roberto Cláudio, no qual a educação de Fortaleza teria melhorado.
“A formulação do dito ranking é do governo do Cid Gomes, aliado político dele”, afirmou a ex-prefeita, que também critica RC por não empregar os R$ 300 milhões de reembolso federal para a educação.
SAIBA MAIS
Passe livre
Para o candidato do PR, Capitão Wagner, é possível implementar o passe livre estudantil ainda no primeiro ano de governo. Ele afirma que fez as contas, e projetos como esse já estão funcionando em outras capitais. No encerramento do debate, ele comentou que queria liberar as faixas de ônibus para uso de mototáxis.
Bibliotecas
Durante sua fala, Luizianne Lins (PT) afirmou que o prefeito tinha fechado bibliotecas e laboratórios de informática das escolas municipais. Roberto Cláudio respondeu dizendo que, na verdade, tinha aberto mais bibliotecas, mas não fez menção aos laboratórios. Na saída do estúdio, Luizianne disse que a educação piorou:“Basta ir às escolas e ouvir o clamor das mães e dos professores”.