Na última quarta-feira (24), uma confusão entre Tomaz Holanda (PMDB), Agenor Neto (PMDB) e Osmar Baquit (PSD) motivou fim da sessão do dia
( Foto: José Leomar )
A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Ceará deve se reunir na próxima terça-feira (30) para analisar a briga ocorrida na última quarta (24), no Plenário 13 de Maio, envolvendo três parlamentares da Casa: Tomaz Holanda (PMDB), Agenor Neto (PMDB) e Osmar Baquit (PSD). Alguns deputados sugerem que o Conselho de Ética seja acionado para adotar as providências que o caso reclama.
O presidente do Legislativa Estadual, Zezinho Albuquerque (PDT), avisou que realizará uma reunião extraordinária da Mesa Diretora, na qual todos os membros do colegiado tomarão conhecimento da situação e tomarão uma decisão sobre o que será feito com os parlamentares. No entanto, o vice-presidente da Casa, Tin Gomes (PHS), defende uma análise mais profunda do fato junto ao Conselho de Ética, enquanto que outros parlamentares querem punição para os três envolvidos.
"Vai ter reunião da Mesa Diretora na próxima semana e esse caso vai ser encaminhado para a Comissão de Ética da Casa", disse Tin Gomes. O parlamentar denominou a situação como "lamentável" e reforçou ser inconcebível que algo do tipo ocorra no Poder Legislativo.
"Como é que parlamentares de diferentes regiões chegam a sair para as vias de fato, a agressão física? Eu defendo que a Mesa coloque o problema para o Conselho de Ética para cortarmos o problema pela raiz. No Parlamento não se pode ir às vias de fato, quando se pode utilizar a palavra", argumentou.
Essa não é a primeira vez em que parlamentares se desentendem em razão de pronunciamentos feitos por colegas na tribuna da Casa. Em legislaturas passadas, também eram comuns os atritos envolvendo deputados com pensamentos antagônicos.
'Pilantra'
Em 2013, Osmar Baquit protagonizou outra baixaria na Assembleia junto com o ex-deputado Delegado Cavalcante, à época no PDT, e Perboyre Diógenes, então no PMDB. Na ocasião, Cavalcante criticava a gestão do prefeito de Morada Nova, Glauber de Castro, quando foi chamado de traidor por Perboyre. Cavalcante também foi chamado por Baquit de "pilantra", "malandro" e "deputado de meia tigela, sem moral", quando criticou a demora no julgamento de um processo contra o prefeito.
No mesmo ano, cena lamentável também foi protagonizada pelas deputadas Fernanda Pessoa (PR) e Patrícia Saboya, hoje conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Depois de ouvir críticas feitas por Pessoa ao ex-marido, Ciro Gomes, Saboya chamou o então vereador Capitão Wagner (PR) de "marginal" e afirmou que a parlamentar republicana só fazia discursos escritos. Patrícia chegou a dizer que havia um complô do PT e do PR para fazer "politicagem" com a área da Segurança Pública.