Diante da prioridade do uso da água para o abastecimento humano e para matar a sede dos animais, as atividades da agricultura têm sido sacrificadas ao máximo nos cinco anos consecutivos de estiagem no Ceará. “Chegamos ao limite da restrição para a agricultura”, afirma Francisco Teixeira, secretário dos Recursos Hídricos.
Da reserva do açude Castanhão, apenas 5 m³/s são liberados para a agricultura. Esta vazão era de 15 m³/s em 2015 e 22 m³/s no ano de 2014. Conforme Teixeira, esta diferença de água liberada entre 2014 e 2015 representa 70% do recurso demandado por Fortaleza.
Para o setor da indústria, a contribuição com a economia de água é na reutilização. Nas empresas do complexo do Pecém, o Governo ensaia parceria para explorar a água subterrânea das dunas do Litoral.
Posterior à fala do secretário no plenário, o deputado estadual Renato Roseno (Psol) questionou as medidas de racionamento direcionadas à população em comparação com os incentivos para o uso de água nas termelétricas, na Companhia Siderúrgica do Pecém e na jazida de urânio de Itatiaia. Teixeira defendeu que o Estado considera estas atividades necessárias ao desenvolvimento econômico.