Faltam menos de 20 dias para o fim da "janela partidária", que permite a saída e o ingresso em partidos por parlamentares detentores de mandato sem que os mesmos sejam apenados por infidelidade partidária. Alguns deputados da Assembleia Legislativa do Ceará já se preparam para desembarcar em outras legendas, enquanto outros procuram valorizar o passe evitando tomar decisões precipitadas.
No entanto, praticamente todos os que estão sendo paparicados por determinadas legendas já tomaram uma decisão. O Partido Progressista (PP), sob o comando de José Linhares e Antônio José Albuquerque, tem despontado nos últimos dias como uma das siglas que devem ganhar muitos adeptos para apoiar o Governo Camilo Santana na Casa Legislativa.
Sob a orientação do presidente do Poder Legislativo, Zezinho Albuquerque, ainda no PROS, o partido está em negociação quase fechada com Bruno Pedrosa (PSC), Silvana Oliveira (PMDB), Fernando Hugo (SD) e Lucilvio Girão (SD). Com a saída de Joaquim Noronha para comandar o PRP, a sigla pode ficar com cinco membros na Assembleia, visto que Zé Ailton Brasil permanece no grêmio.
O Solidariedade, dos três nomes na Casa, passará a ficar apenas com um. Roberto Mesquita (PV) vai incrementar o bloco formado por PMB e PSD, que já possui oito membros: Laís Nunes, Odilon Aguiar, Bethrose, Naumi Amorim e Júlio César Filho, do PMB; e Leonardo Pinheiro, Professor Teodoro e Gony Arruda, do PSD. Mesquita, do PV, deve engrossar o coro do bloco, que pode contar com até dez nomes no Legislativo Estadual.
Estava sendo aguardado para a manhã de ontem o retorno de Osmar Baquit para se somar aos aliados de Camilo Santana. Em entrevista ao Diário do Nordeste, o parlamentar disse que não havia nada acertado, e que aguardava um posicionamento do governador Camilo Santana. Até a tarde de ontem, não se tinha decisão sobre sua ida ou não para a Casa, pois quem deve anunciar é o chefe do Poder Executivo.
Caso Baquit volte à Assembleia, Odilon Aguiar (PROS) pode seguir para o secretariado do Governo do Estado. Segundo ele, "não tem nada decidido".
Caso o parlamentar siga para uma pasta no Governo, o suplente de deputado do PT, Manuel Santana, retornaria para a Casa, e a sigla petista seguiria com quatro representantes na Assembleia, mas nada disso está fechado. Certo mesmo é que assume, na manhã de hoje, o suplente de deputado George Valentim (PCdoB), que permanecerá na Casa pelos próximos quatro meses, devido a licença de Carlos Felipe (PCdoB).