As transferências financeiras do governo do Estado para a Galvão Engenharia relacionadas às obras do Centro de Formação Olímpica (CFO) serão normalizados até sexta-feira, 10. Quem garante é o líder do governo na Assembleia Legislativa, Evandro Leitão (PDT). De acordo com o parlamentar, a certeza teria sido dada pelo próprio secretário de Esportes, Jeová Mota (Pros). Segundo a Casa Civil, “o repasse sofreu redimensionamento no cronograma”. A reforma administrativa, ocorrida em fevereiro e que transferiu o CFO da antiga Secretaria de Grandes Eventos para a Secretaria de Esportes, e a burocracia daí decorrente, foi apontada como responsável pelas dificuldades. De acordo com dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICRMF) ouvido por O POVO, a empreiteira atribuiu à falta de transferências o não pagamento das rescisões de contrato dos 250 trabalhadores demitidos. Sem se referir especificamente às obras tocadas pela Galvão, Evandro buscou minimizar a responsabilidade do governo pelas eventuais paralisações em canteiros de obras. “Muitas delas são obras federais, algumas vinculadas a empreiteiras atingidas por essa questão da Operação Lava Jato”, explica. De acordo com o chefe de gabinete do governo, Élcio Batista, em virtude do adiantar dos trabalhos, que já estariam com mais de 90% concluídos, menos operários são necessários. Oposição discorda Parlamentares de oposição ficaram insatisfeitos com as explicações. “Não tem nem como (estar com mais de 90%). Só é preciso que você visite o local para ver que não está”, declara Danniel Oliveira (PMDB). Ele atribui a paralisação a dificuldades de caixa. Para Renato Roseno (Psol), a justificativa dos problemas administrativos não se sustenta. “Qualquer pessoa que lê jornal percebe que não satisfaz”, afirmou. SERVIÇO Audiência entre Galvão Engenharia e STICCRMF Quando: 10/abr às 15hOnde: Av. Pe Antº Tomás, 2110