Em pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal de Fortaleza, ontem, o vereador Carlos Mesquita (PMDB) se mostrou magoado com o partido e lamentou a postura da agremiação quanto à falta de apoio à sua candidatura a deputado estadual. Ele relatou se sentir envergonhado e decepcionado com a forma como foi tratado dentro do partido, por não ter sido levado a sério quando se apresentou como candidato para pedir apoio e estrutura de campanha.
Mesquita ainda complementou que não poderia ser cobrado sem motivo, possivelmente se referindo ao rompimento entre o prefeito Roberto Cláudio (PROS) e o vice-prefeito Gaudêncio Lucena (PMDB), após exoneração de secretários municipais peemedebistas. Com a ação, a aliança com o PMDB dentro da Câmara Municipal passou a ser questionada. "Amo meu partido, não vou deixar de amá-lo, continuarei fiel ao seus princípios e estatutos, agora não me cobre aquilo que não pode".
Carlos Mesquita que, teve a candidatura barrada pelo Tribunal Regional Eleitoral por falta de quitação de multas eleitorais geradas ainda no pleito de 2012, alegou que o caso era um erro do órgão, pois detém todos os recibos, mas optou por não recorrer da decisão. "Eu poderia recorrer e ia ganhar, porque eu tenho o recibo dos pagamentos das multas e eu reverteria isso".
Suplentes
O vereador conta que se colocou à disposição do PMDB por achar que daria maior contribuição como candidato na campanha de Eunício Oliveira ao Governo do Estado, mas que o partido não comprou a ideia por ter um "candidato que já está eleito e vai ganhar no primeiro turno". Mesquita disse que retornaria a sua insignificância dentro do PMDB e iria conhecer o seu pequeno valor. "Afinal de contas, eu sou uma gota d'água dentro do universo de votos que irão fazer vencedor um dos candidatos ao Governo".
Ele ainda atribuiu a sua reeleição em 2012 a população e aos amigos que o apoiaram, pois na época não possuía tempo de televisão, palanque e dinheiro para a campanha. "Eu poderia estar hoje como está o Marcos Teixeira, Luciram Girão e Paulo Gomes", se referindo aos vereadores que se tornaram suplentes pelo PMDB. Mesquita lembrou 2008 deixou de apoiar Luizianne Lins para cumprir decisão do PMDB e apoiar Moroni Torgan.