Tasso já havia decidido não concorrer, diz presidente tucano
FOTO: ANDRÉ SALGADO, EM 1/5/2013
O anúncio de que o governador Cid Gomes (Pros) cogita renunciar ao mandato para viabilizar candidatura do irmão Ciro Gomes (Pros) ao Senado acendeu sinal de alerta para aliados e opositores. Para o aliado PCdoB, que deseja a reeleição do senador Inácio Arruda, o anúncio foi “uma surpresa” e pode comprometer expectativas de pré-candidatos ao cargo. Já para o PSDB, que poderia lançar o ex-senador Tasso Jereissati, não haverá mudança, porque “Tasso não quer ser candidato”.
A vaga única para o Senado em 2014 tinha quatro nomes apontados como postulantes: Inácio, Tasso, José Guimarães (PT) e Giovanna Cartaxo (PSB). A mudança no cenário com a entrada de Ciro pode pesar principalmente para PCdoB e PT - este último que se reúne sábado para definir seu rumo.
O deputado estadual Lula Morais (PCdoB) pontuou que o partido ainda não se reuniu para saber o que muda com a candidatura de Ciro e a renúncia de Cid. “Estamos aguardando um convite do governador para saber quais as intenções”, frisou. Para ele, a candidatura de Ciro prejudica qualquer pretensão ao Senado que se tenha apresentado até agora.
Para o deputado federal Chico Lopes (PCdoB), a possível renúncia de Cid “pegou todo mundo de surpresa”. “Não podemos interferir nas decisões internas dos outros partidos, mas quando for para formar alianças, isso será discutido”.
Fora da disputa
O presidente estadual do PSDB, Luiz Pontes, é enfático ao afirmar que a deliberação de Cid “não muda nada” para os tucanos. O ex-governador Tasso Jereissati não tem intenção de ser candidato, afirma Pontes. Tasso já teria, inclusive, comunicado a decisão ao pré-candidato à Presidência da República, senador Aécio Neves, e ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Temos insistido muito para que ele seja candidato, mas não será decisão de ‘a’ ou ‘b’ que mudará o pensamento dele (Tasso)”, completou Pontes.