Cid e Eunício, na noite de terça, na entrega da Medalha da Abolição
FOTO: FÁBIO LIMA
A perspectiva de o Pros abrir mão de candidatura ao Governo do Estado animou ontem setores tanto do PT como do PMDB no Estado. Apesar de assunto pouco comentado no plenário da Assembleia Legislativa, a possibilidade de um partido aliado indicar nome à sucessão de Cid Gomes (Pros) alimentou as conversas de bastidores da Casa.
Conforme O POVO mostrou ontem, o governador defende que, caso se confirme indicação de Ciro Gomes (Pros) ao Senado, a vaga da chapa majoritária ao Governo ficará a critério dos aliados. Para segmentos do PMDB próximos do senador Eunício Oliveira, essa tese segue exatamente o que o partido vem defendendo - maior participação de outras legendas da aliança no processo eleitoral deste ano.
“Isso é tudo que a gente tinha pregado desde o início. (...) A decisão de colocar em discussão com os partidos aliados é importante, pois dá plenitude para que quem apoia ele também seja apoiado. Porque se eu sirvo para te apoiar, é bom que eu sirva para ser apoiado também, senão não tem sentido”, disse o deputado estadual Danniel Oliveira (PMDB), sobrinho de Eunício Oliveira.
Na tarde de ontem, o portal de Internet Ig noticiou como fechada chapa no Estado, com Eunício na vaga de governador e Ciro Gomes ao Senado. A informação, no entanto, foi descartada pelo próprio Cid Gomes: “Não existe qualquer definição”, disse na tarde de ontem, durante inauguração de lote do programa Minha Casa Minha Vida no bairro Granja Lisboa, em Fortaleza.
Cid não é candidato
Em entrevista ao O POVO, Cid afirmou ainda que não disputará eleição neste ano. Ele mantém tese de que, encerrado mandato, irá trabalhar no Banco Interamericano de Desenvolvimento. “A possibilidade de eu ser candidato é uma possibilidade descartada completamente”.
Na manhã de ontem, a bancada do Pros na Assembleia permaneceu vazia durante toda a sessão. Procurados pelo O POVO, deputados do partido não atenderam telefonemas ou preferiram não se manifestar. Na última terça-feira, o presidente da Casa, Zezinho Albuquerque, evitou falar do assunto, mas disse que acredita que Cid não renunciará ao mandato. (colaborou Bruno de Castro)
O quê
ENTENDA A NOTÍCIA
Grupo político de Cid Gomes no Pros governa o Estado desde 2007. Transferido do PSB para o novo partido no limite do prazo eleitoral para este ano, aliados do governador vivem agora perspectiva de abrir mão de uma candidatura ao governo para garantir viabilidade de eleição de Ciro Gomes para o Senado Federal.