Grupo que foi ontem tentar convencer Heitor a concorrer ao Governo
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A pressão para que o deputado estadual Heitor Férrer (PDT) aceite disputar o cargo de governador do Ceará em 2014 ganhou fôlego ontem, após ação de apoio de partidos e figuras políticas que fazem oposição à gestão de Cid Gomes (PSB). Até o governador Eduardo Campos - presidente nacional do PSB de Cid - pediu que o pedetista aceite o convite. Enquanto Heitor Férrer deposita as expectativas na posição do PDT diante do convite, o líder, deputado André Figueiredo, afirma que aguarda a decisão de Heitor para discutir os desdobramentos.
Após reunião com líderes partidários como Lúcio Alcântara, Roberto Pessoa (ambos do PR), Luiz Pontes (PSDB) e Sérgio Novais (PSB), na Assembleia Legislativa, Férrer recebeu telefonema de Eduardo Campos, que reforçou a pressão para o deputado aceitar disputar o Governo. Detalhes da conversa não foram divulgados.
Posição de Heitor
O deputado afirmou que a reunião foi “o primeiro passo de uma longa caminhada”. “É um processo que não depende só de mim. Nós temos de ver as conveniências do partido. Eu jamais vou deixar meu presidente, André Figueiredo, constrangido ou os demais militantes”, disse. Segundo Heitor, o primeiro plano é concorrer a deputado estadual, mas ressalta que pode aceitar o convite para disputar o Governo “se André entender que é a melhor opção”.
“Se ele tiver interesse em disputar o Governo, ele tem de comunicar. O que ele falou ao PDT em reunião, há duas semanas, foi que tinha pretensões de disputar ou cargo de deputado estadual ou Senado, mas não cargo de governador”, destacou André. O presidente da sigla completou: “Tudo tem de ser discutido. Se ele quiser o cargo, o PDT vai ter o maior respeito, da mesma forma de quando ele disputou a Prefeitura de Fortaleza”.
André, no entanto, deixa claro que aguarda a decisão de Heitor, mas os desdobramentos que virão, caso aceite o convite, ainda serão discutidos. “A partir do momento em que ele externar a vontade dele, vamos ter de pesar todos os fatores. Vamos ter de discutir os partidos de coligação. No caso do PSDB, não estaremos com ele em uma aliança nacional, então teremos de discutir”, pontuou Figueiredo.