Nelson Martins foi alvo de pressão dos prefeitos
FOTO: EVILÁZIO BEZERRA
A paciência dos prefeitos de municípios que sofrem com o prolongamento da seca parece ter chegado ao fim. A percepção geral entre eles é de que muito tem se discutido, mas as ações para amenizar a situação crítica provocada pela estiagem não têm surtido o devido efeito. Ontem, a reunião do Comitê Integrado de Combate à Seca, foi marcada por reclamações e por exigências de que ações concretas e imediatas sejam tomadas.
O primeiro a demonstrar insatisfação foi o deputado estadual Roberto Mesquita (PV), vice-presidente da Comissão Especial formada na Assembleia Legislativa para acompanhar as ações de combate à seca. A reunião transcorria com uma série de números apresentados pelos vários órgãos que compõem o comitê. Ao tomar a palavra, o deputado disse que quase toda a reunião havia sido de “números e balelas que todo mundo já sabe”.
A fala de Mesquita desencadeou a reação dos prefeitos. Todos disseram reconhecer os esforços dos órgãos responsáveis, mas alegaram atraso em algumas ações. O prefeito de Quixeramobim, Cirilo Pimenta (PSD), disse que o gado está morrendo de fome e logo começará a morrer de sede. Prefeitos de Milhã, Iracema, Pedra Branca, Choró, Canindé e Pereiro fizeram reclamações semelhantes.
O secretário de Desenvolvimento Agrário, Nelson Martins, disse que, pedirá audiência com o governador Cid Gomes para levar a ele “propostas complementares”. Para conseguir mais recursos federais, afirmou que vai pedir a mobilização à bancada federal. O secretário pondera ainda que há muitas ações em andamento. “Não é por falta de ações do poder público”, diz. (Marcos Robério) Saiba maisConfira as áreas mais afetadas pela seca no Ceará e a situação de abastecimento nos respectivos reservatórios COLAPSOBeberibeIrauçubaItapajéMilhãPacotiParacuruQuiterianópolisSalitreItatiraTrairi COLAPSO IMINENTEAcopiaraCaridadeCrateúsTauá
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