“É bom que fique claro para a sociedade que não estamos recebendo nenhum ‘din-din’ a mais por essas sessões”. A frase é do deputado estadual Fernando Hugo (PSDB), que fez questão de ressaltar, no plenário, que os parlamentares não são remunerados por participarem das sessões extraordinárias convocadas para ontem e hoje. Poucos anos atrás não acontecia dessa forma. Até 2005, cada parlamentar recebia dois salários a mais quando havia convocação extraordinária, não importando se os trabalhos durassem várias sessões ou apenas algumas horas. Em 2004, a convocação extraordinária provocou um impacto de R$ 915.840,00 nos cofres públicos estaduais.
A mordomia só teve fim em 2006, quando o tucano Marcos Cals (PSDB), então presidente da Assembleia, propôs a extinção dos salários extras. A decisão favorável seguiu o que já havia ocorrido no mesmo ano na Câmara dos Deputados.
Em seguida, outra regalia foi modificada. Nas casas legislativas estaduais Brasil afora, o recesso parlamentar, que durava três meses, foi reduzido para 45 dias, também seguindo decisão ocorrida na esfera federal.
Na época, a Câmara tentava reaver um pouco de sua imagem, desgastada após vários casos de corrupção, entre eles o mensalão. (MR)