Segundo a parlamentar, é preciso saber o tempo médio de permanência de pacientes internados por especialidade. “Esse é um trabalho que precisamos fazer para dar celeridade ao atendimento”, justificou, afirmando que irá ouvir os demais integrantes do colegiado sobre o assunto.
A parlamentar deixou claro que não está denunciando nenhum gestor hospitalar e esclareceu que é relevante saber se o tempo médio que os pacientes passam é normal e permissível. “Há uma demora em socorrer o paciente internado”, disse. Para ela, além de estar impedindo a outros pacientes que precisam de urgência no atendimento, o longo período ocasiona altos custos financeiros.
A deputada disse que acompanhou um paciente, durante quatro meses para realizar um procedimento. “Será que precisava mesmo? Não seria mais eficiente, mais barato e mais nobre o material ter sido adquirido para cuidar desse paciente?”
Dra. Silvana apontou ainda que é preciso se ter conhecimento sobre a quantidade de pacientes estão sendo atendidos na unidade hospitalar, sobretudo para contratar mais profissionais médicos nos serviços de ambulatórios especializados.
“Cheguei a conversar com uma chefe de serviço do HGF (Hospital Geral de Fortaleza) que, em determinada especialidade, deveria aumentar o número de vagas (na especialidade), mas a pessoa disse que não autorizava, alegando ter profissionais demais. Deixar o Ceará sem especialidade passa a ser culpa nossa também, de omissão”, resumiu.
A parlamentar relatou ainda que, às vezes, a vaga do leito existe, mas o paciente fica nos corredores esperando a troca do plantão. “Quantas pacientes não sofrem o mesmo problema."
Dra. Silva registrou ainda a presença do ex-presidente da Assembleia Legislativa, Antonio dos Santos, considerado por ela o “melhor deputado que já passou aqui nessa Casa legislativa”.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) disse que, por mais que a saúde tenha tido avanços no Estado, o sofrimento continua. “É muito tempo internado”, endossou.
LS/AT