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Segunda, 30 Novembro 2020 13:36

Internautas defendem campanhas pela diversidade para combater o racismo Destaque

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O portal de notícias da Assembleia Legislativa do Ceará questionou aos seus leitores durante a última semana (23 a 30/11) como combater os casos de violência e discriminação contra a população negra.
 
Entre os participantes, 56,9% acreditam que a solução está em campanhas que incentivem o respeito à diversidade, com políticas públicas de inserção dos negros na sociedade e a punição aos que violam as leis de combate ao racismo. Já 24,6% defendem a aplicação de leis rígidas que possibilitem punições mais severas a esses crimes. Os 18,5% restantes afirmaram que não há racismo no Brasil.
 
Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa, deputado Renato Roseno (Psol), o racismo no Brasil é estrutural, ou seja, ele estrutura todas as relações sociais e está em todas as esferas da vida social. “É preciso afirmar um programa abrangente de enfrentamento ao racismo que conjugue múltiplas estratégias de políticas de consciência histórica, educação antirracista, políticas afirmativas e responsabilização de condutas racistas”, opinou.
 
O deputado Evandro Leitão (PDT) defende que o combate ao racismo deve acontecer em duas frentes para sua total eficácia. “A primeira com campanhas de conscientização sobre igualdade racial. A segunda com políticas públicas afirmativas que efetivamente façam a reparação histórica de intensa desigualdade que tem sofrido a população negra desde o período colonial do Brasil. Essas duas frentes juntas podem mudar a cultura racista que existe em nosso País, tão clara quando 18% responde na enquete não haver esse tipo de problema”, considerou.
 
O deputado Fernando Hugo (PP) compreende o resultado da enquete como um sinal de que a população ainda acredita que o melhor meio de combate ao racismo é a conscientização. “Fundamentalmente, para que haja a conscientização de todas as raças e ela gere respeitabilidade idêntica e isonômica, faz-se necessário que no processo de formação educacional de crianças, adolescentes e adultos, se imponham regras e orientações para que por esse meio, tenhamos uma sociedade a base do respeito. É pela educação que vamos abolir a violência, crendo e pondo em prática que todos somos iguais perante a constituição, independentemente da cor da pele. Educação é o caminho”, defendeu.
 
Para a presidente da Comissão da Promoção de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB-CE), Raquel Andrade, algumas políticas públicas já vêm sendo trabalhadas no País ao longo dos últimos 20 anos no sentido de promover uma educação antirracista, que garantam direitos sociais básicos como moradia, saúde, assistência social para a população negra. Por outro lado, segundo Raquel, o resultado da enquete reflete que o Brasil é um país de tradição positivista, onde as pessoas acreditam que a rigidez das leis, sobretudo a intensidade das punições, é capaz de coibir a prática criminal.
 
Na avaliação dela, o que mais preocupa nesses indicadores é o fato que 18% das pessoas entrevistadas acreditarem que não há racismo no Brasil. "Quando não se admite que o problema existe, não só o poder público, mas também a sociedade, não se empenha em resolvê-lo, em discuti-lo, em implementar medidas coletivas para a resolução dessa problemática. O Brasil é um país que, infelizmente, por conta do seu processo histórico foi atravessado pelo racismo estrutural. Não acreditar nisso é negar a realidade de mais de 53% da população constituída de pretos e pardos, que sofrem com o desemprego, a fome, o encarceramento em massa, e a violência contra a mulher, no caso das mulheres negras", reflete.

 
LA/WR/LF
 

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
Lido 1442 vezes Última modificação em Segunda, 30 Novembro 2020 16:31

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