A discussão foi proposta pelo deputado Heitor Férrer (SD), que recebeu informações de que hospitais conveniados ao Issec não estão admitindo os usuários, por falta de pagamento pelo plano, e de que profissionais de saúde estão há meses sem receber pelo serviço prestado.

O parlamentar cobrou uma resolução e destacou que é importante uma solução que não desestimule as pessoas a aderirem ao plano, pois considera o Issec uma boa solução, com preço mais acessível que os planos de saúde particulares.

O deputado Dr. Carlos Felipe (PCdoB) explicou que considera que o Issec tem condições de se tornar um plano revolucionário, mas ainda está no início e precisa de ajustes e de ampliação da rede.

O deputado Soldado Noelio (Pros) cobrou que se resolva a parte administrativa o mais rápido possível e destacou uma das queixas dos usuários, que relatam que o valor cobrado varia em alguns meses, pois é um percentual sobre o salário, o que faz o valor do plano subir quando o servidor recebe gratificações e horas extras.

O superintendente do Issec, José Olavo Peixoto Filho, explicou que o Novo Issec, por ter apenas cinco meses, ainda pode precisar de melhorias. Ele disse que está entre as metas o aumento da cobertura assistencial, que deve se estender para o interior do estado, além da ampliação dos serviços de auditoria médica e de enfermagem e de melhorias no sistema de gestão. Ele anunciou que o instituto criará um conselho de usuários para receber essas reclamações diretamente dos servidores.

José Olavo Peixoto Filho também apresentou os números do instituto desde sua reformulação, no final do ano passado. Segundo ele, atualmente são 489 clínicas e profissionais credenciados ao ISSEC e 51.287 servidores que aderiram à assistência. Até o último dia 22, o órgão pagou R$ 24.111.874,16 em serviços prestados (internação, exames, consultas, assistências odontológicas, fisioterápicas, psicológicas, fonoaudiológicas e especiais). Ele ressaltou ainda a importância do debate para o aprimoramento do Issec.

O conselheiro do instituto, Antônio Dimas, esclareceu que existem exigências para os hospitais credenciados e que os estabelecimentos precisam ter todas as certidões em dia para receber. Segundo ele, houve casos de hospitais que precisavam regularizar alguns documentos e teria sido esse o motivo de  atrasos. O conselheiro também relatou que estão ocorrendo impasses por conta dos valores que algumas cooperativas de médicos estariam exigindo para determinadas especialidades. Ele afirmou que o Issec está funcionando, os atendimentos foram ampliados em mais de quatro vezes e ainda estão em fase de ampliação. “O problema do Issec não é financeiro, mas administrativo”, pontuou.

O representante do Conselho Regional de Medicina do Ceará, Alequy Vasconcelos, informou que chegaram diversas queixas de que é preciso madrugar para conseguir uma consulta. O médico declarou ainda que ele próprio está esperando para receber por uma cirurgia que fez em janeiro deste ano.

O presidente da Associação dos Hospitais do Estado do Ceará, Aramicy Pinto, informou que há casos de hospitais credenciados ao Issec com atraso na remuneração de atendimento feito em novembro e dezembro. Ele também relatou situações em que o paciente com exames feitos e cirurgia marcada voltou para casa sem fazer o procedimento, por falta do repasse do plano.

Também participaram da reunião o coordenador geral do Mova-se, Flavio Rengo Limaverde; o representante do Fuaspec, Pedro Queiroz; o presidente da Assalce, Luiz Edson, e o representante da Apeoc, Helano Maia.

JM/ CG