Deputados estaduais também apontaram falhas e méritos nas medidas propostas por Camilo Santana.
Carlos Matos (PSDB) critica a defasagem de alguns pontos em relação a outros estados. "A Lei do Desmanche funciona em São Paulo desde 2014, e a compensação existe há muito tempo no Rio de Janeiro". Mas ressaltou: "Finalmente, o governo está reagindo. Antes, tentava transferir a responsabilidade para a esfera federal, como se não houvesse uma política pública estadual capaz de superar a força do crime organizado".
Heitor Férrer (Solidariedade) comparou as leis aprovadas à "dipirona na febre alta de uma infecção grave". Ele enxerga consequências positivas em curto prazo, mas chama atenção para outras estratégias de combate à violência que precisam ser tomadas em esfera estadual e federal. "Essas medidas vão dar ao governador instrumentos para fortalecer o Estado e proteger a sociedade. Mas esses atos ainda precisam ser tratados pela legislação como crimes de terror."
Fernanda Pessoa, parlamentar pelo PSDB, chama atenção para a necessidade de ampliar a destinação dos fundos da quarta medida para as cidades do Interior que sofreram ataques. "Uma de nossas emendas foi na linha de que os recursos fossem também para esses municípios. Mais de 40 cidades tiveram frota e prédios públicos incendiados. São municípios que não têm condições de cobrir essas despesas", explica.