Comunicado: Uma nova ebulição na Assembleia
A Assembleia Legislativa do Ceará retomou ontem os trabalhos de plenário, passado o recesso branco determinado para a temporada de caça aos votos. Ainda em fogo brando, meio que tomando fôlego e limitada a discursos inócuos dos deputados estaduais, sem tempero nem sabor - uns não mais do que agradecendo a reeleição e outros apenas lamentando a ressaca das urnas -, a Casa dá lentamente mostras de estar se preparando para ingressar num contexto interessante. Será já em janeiro, com a posse dos 46 parlamentares eleitos no último dia 7. E é aí que mora o novo foco da política local. Afinal, deverá ser definido um momento de real ebulição do Poder, com os acertos para a composição da Mesa Diretora. Por enquanto, as conversas ainda então nos bastidores e, se muito, correndo entre as fronteiras partidárias. Mas a bolsa de apostas já vem colocando nomes na vitrine. Recomenda-se, porém, pisar no freio antes de se acelerar nas especulações.
Não é o único
O candidato mais votado no Ceará para a Câmara dos Deputados, Wagner Sousa (Pros), não é o único que carrega uma patente no nome - "capitão", no caso -, entre os que lideraram as disputas nos estados e no Distrito Federal. A tropa de novatos que chega à Casa inclui dois "sargentos". E há também um "delegado" - que não é militar mas é da área de segurança.
Sem nome aos bois
O deputado estadual Walter Cavalcante (MDB), reeleito com 33.160 votos, não citou ontem nenhum nome local para analisar a saída de cena de alguns políticos de expressão nacional. Mas não precisou, viu? Preferiu dar como exemplo o senador Magno Malta (PR), que tropeçou solenemente nas urnas ao ser derrotado por um oponente que se declara homossexual - Fabiano Contarato (Rede) - e, portanto, um alvo constante da retórica de Malta. "O povo não quis mais e deu o troco", disse Walter.