Filho de Sebastião Pequeno, tocador de cavaquinho, concertina e harpa, Elino  distribuía água no sítio Tôco, onde cantarolava batendo numa lata as modinhas que aprendia na festa de Santana em Caicó.

Na casa grande da fazenda, onde se reuniam os moradores da redondeza, Elino Julião fazia a alegria da rapazeada.  Aos doze anos, foi para Natal de carona no caminhão de um comerciante da região e procurou espaço para sua música. Na rádio Poti, Genaro Wanderlei lhe ofereceu uma oportunidade de se apresentar no famoso programa de auditório Domingo Alegre, lá pelos idos da década de 1950.

 Na rádio, cantava músicas de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro entre outros. Sob a benção do padre Eymard Lérecat Monteiro, amigo da família, retomou os estudos à noite no colégio Marista.

Julião ficou em Natal por dezoito anos. Durante esse período, serviu o Exército, mas logo que se liberou das Forças Armadas e voltou para a Rádio Poti, onde conheceu Jackson do Pandeiro.

O já famoso Jackson o convidou para o Rio de Janeiro, onde foi morar e trabalhar como cantor, iniciando uma parceria que rendeu grandes frutos musicais e selou uma longa amizade. Como ritmista de Jackson, se apresentou nas rádios, TVs e viajou o Brasil inteiro.

Com produção de Fátima Abreu e Ronaldo César e apresentação de Narcélio Limaverde, Brasilidade vai ao ar aos domingos, às 18h. A reprise acontece às terças-feiras, às 23h.

Da Redação