Na última quarta-feira (04/10), o parlamentar também ministrou uma palestra magna sobre o relatório Cada Vida Importa na abertura do VI Congresso Nacional de Defensores Públicos da Infância e Juventude, sediado na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia. Mais de 300 pessoas assistiram à palestra, que reuniu defensores públicos e conselheiros tutelares de vários estados do País, além de parlamentares municipais e estaduais.

O tema desta edição do evento é “A Defensoria Pública e os desafios na efetivação dos direitos fundamentais de crianças e adolescentes”. Renato Roseno, que viajou a Salvador a convite do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), apresentou o levantamento de assassinatos de adolescentes nos últimos anos no Estado do Ceará, alertando para a “nordestinação” dessas mortes, com a migração de homicídios para os estados do Nordeste. A proposta de redução da maioridade penal no Brasil, em tramitação no Congresso Nacional, despertou a preocupação dos participantes do encontro.

O primeiro dia do congresso, que segue até sexta-feira (06/10), contou ainda com palestras com as temáticas “Educação em Direitos e Meios Extrajudiciais de Resolução de Conflitos” e “Direito Fundamental à Convivência Familiar e Comunitária”.

De acordo com o estudo produzido pela Assembleia Legislativa do Ceará, 816 meninos e meninas de 10 a 19 anos foram mortos no território cearense em 2015, sendo 387 apenas na Capital. De 2011 a 2015, o número de adolescentes assassinados no Ceará chega a 4.410. O relatório Cada Vida Importa é uma publicação da Assembleia Legislativa do Ceará em parceria com Governo do Estado, Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Instituto Oca.

O deputado Renato Roseno já apresentou o relatório Cada Vida Importa a prefeitos do Ceará, vereadores da Câmara Municipal de Fortaleza e tem sido convidado por instituições de outros estados interessadas em replicar a experiência do comitê da AL cearense. Hoje, a média é de um adolescente assassinado por dia em Fortaleza, o que representa alta de 70% no número de mortes em relação ao ano passado.

Da Redação/Com Assessoria