Antônio José disse que o objetivo dos encontros é fazer uma renovação dos quadros do partido
( FOTO: José Leomar )
Reforma Política foi o centro da discussão, ontem, do "Seminário Progressista: Perspectivas para 2018", que reuniu dirigentes e filiados ao PP cearense, na Assembleia Legislativa. O impasse quanto ao fim das coligações proporcionais para o ano que vem, caso a Justiça Eleitoral decida intervir, é o ponto que mais preocupa membros da sigla no Estado, que quer "consolidar" as bancadas de deputados federais e estaduais e "tentar crescer".
Com a presença de várias lideranças, entre elas o presidente estadual da legenda, Antônio José Albuquerque, os deputados federais Paulo Henrique Lustosa e Macedo, além dos deputados estaduais Leonardo Pinheiro e Bruno Pedrosa e, do vereador de Fortaleza, Doutor Eron, o PP lançou, nesta segunda-feira (2), na Capital, o primeiro encontro, de nove, que acontecerão em todo o Estado até o fim do ano. Um dos objetivos, segundo Antônio José Albuquerque, é fazer uma "grande renovação" dos quadros do partido, "convidando novas lideranças".
Para alcançar esse objetivo, diante da imagem desgastada de boa parte dos partidos apontados em escândalos de corrupção, o deputado federal Paulo Henrique Lustosa disse que o PP passa por uma "autocrítica" e está discutindo a identidade partidária e o discurso para se apresentar à sociedade. No entanto, o que tem preocupado o parlamentar é se haverá coligação ou não nas eleições proporcionais para deputados, a partir de 2018. Isso porque, embora a Câmara tenha adiado o fim das alianças entre partidos só para 2020, há, ainda, a possibilidade do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decretar o fim das coligações já para o ano que vem.
Se for assim, Paulo Henrique Lustosa enfatiza que o partido deve fortalecer as suas bases no Interior do Estado, para, eventualmente, eleger candidatos apenas com os votos obtidos individualmente. Mesmo assim, ele avalia que o partido poderá ter condições de "consolidar sua bancada e, se possível crescer". "Não havendo a possibilidade de coligação, eu acredito que o PP tende a crescer antes mesmo das eleições, é possível que o PP cresça já na janela (partidária)".