Pelo menos 21 dos 46 deputados que hoje compõem a Assembleia Legislativa trocaram de partido ao longo da atual Legislatura, o que representa, praticamente, metade dos membros do Legislativo. A falta de fidelidade partidária e interesses particulares dos parlamentares são alguns dos fatores que fizeram com que eles mudassem de legenda no decorrer dos últimos anos.
A sigla que mais perdeu representantes foi o PROS, que elegeu o maior número de candidatos em 2014, e atualmente não tem um representante sequer na Casa. Todo grupo político, liderado no Ceará pelos irmãos Cid e Ciro Gomes, deixou os quadros da agremiação e ingressou no Partido Democrático Trabalhista (PDT), hoje o maior agremiação do Estado do Ceará.
Antes de ingressarem no PROS, os parlamentares deste grupo faziam parte do PSB, que depois da saída em massa de seus integrantes, em 2013, nunca mais conseguiu se recuperar. Desde aquela data o partido já passou por pelo menos cinco presidências, e atualmente segue sem definição sobre quem comanda seus filiados no Ceará. Atualmente o PDT possui 12 deputados, sendo que a maioria é oriunda do PROS. O Partido Progressista (PP) foi outro que se beneficiou com o ingresso de novos filiados nos últimos anos.
A agremiação, que elegeu apenas dois deputados para a atual Legislatura, agora possui cinco parlamentares, visto que atraiu Fernando Hugo, do Solidariedade; Bruno Pedrosa, do PSC; Lucilvio Girão, também do Solidariedade; Walter Cavalcante, do PMDB; e Leonardo Pinheiro, do PSD. Alias, Pinheiro já passou pelo PSDB e PR em legislaturas passadas. Em contrapartida, Joaquim Noronha, eleito pelo PP se filiou ao PRP, partido que agora preside no Estado.
O caso mais curioso é o do deputado Tomaz Holanda, que foi eleito pelo PPS, se filiou ao PMDB para fazer oposição ao Governo Camilo Santana, e agora, de volta à base governista na Casa, resolveu ingressar outra vez no PPS. Ao todo, até o momento, foram 21 mudanças, o que representa praticamente metade da Casa. Além das diversas alterações ao longo dos anos, outras devem ocorrer nos próximos meses, visto que, pelo menos seis deputados estão se preparando para deixar as legendas dais quais fazem parte. Eles estão filiados a PMDB, PSD e PSB.