Faltando mais de um ano para o pleito de 2018, deputados têm intensificado, cada vez mais, a presença em suas bases eleitorais, o que tem prejudicado as atividades legislativas no Plenário 13 de Maio. Os próprios parlamentares, porém, destacam que há possibilidade de conciliar o tempo de trabalho junto ao eleitorado com as sessões ordinárias da Assembleia Legislativa, que são realizadas apenas em quatro dias da semana.
Como o Diário do Nordeste vem noticiando já há algumas semanas, as sessões da Casa estão frequentemente esvaziadas, visto as investidas dos parlamentares em municípios do Interior. Deputados chegaram a dizer, inclusive, que nos municípios mais distantes da Capital alguns "se esbarram" em busca de votos.
Para Renato Roseno (PSOL), é preciso que seus pares deem mais atenção a debates estratégicos para o Ceará, como crise hídrica e instabilidade econômica. "Não sou deputado de região. Vejo que os deputados devem visitar periodicamente suas regiões, mas isso não pode prejudicar os debates estratégicos do Estado. É possível ter equilíbrio de agendas", disse.
Danniel Oliveira (PMDB) opina que a ausência de parlamentares na Casa enfraquece o debate. "A Assembleia vive um momento ruim. Você vê o plenário totalmente esvaziado, e é preciso que a Casa não viva eleição prévia".
Julinho (PDT) e Evandro Leitão (PDT) defendem que é possível aos parlamentares conciliar as atividades legislativas com o empenho em busca de votos. "Pode ser que o deputado não esteja em plenário, mas é preciso estar na Casa, fazer acompanhamento das matérias que estão tramitando", sustentou Leitão. Já Walter Cavalcante (PP) pondera que a função na Casa não se limita ao Plenário 13 de Maio.